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É PELA ÁRVORE QUE SE CONHECE O FRUTO!

jjuncal10

E NÓS?

QUAIS FRUTOS ESTAMOS PRODUZINDO?  


Ilustrando a afirmativa acima lembramos Jesus a nos alertar: “Muito será pedido a quem muito foi dado” (Lucas12:48), como a nos lembrar que a adesão da criatura a um programa de realizações, vinculado a concepções e orientações de vida, reclama coerência na conduta cotidiana. E define, ainda, como critério de coerência comportamental, o Excelso Mestre: “Cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto”. (Lucas 6:44) 


Não seria diferente a Doutrina Espírita em sua feição de esclarecimento e consolação. O Espiritismo igualmente nos estimula, permanentemente, a uma avaliação do que já conseguimos ser e atingir, a partir dos princípios, valores e propostas que nos apresenta em seu corpo doutrinário e que configuram nossas convicções. 


Na obra Opinião Espírita, pela mediunidade de Waldo Vieira, o Espírito André Luiz nos diz que: “O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor”, para destacar, em seguida: “Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa verdadeira situação íntima. Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário”. 


O Espírito Emmanuel, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier, invariavelmente nos conclama a uma atitude de exame de nossa conduta, ao longo de suas mensagens, entre as quais destacamos a exortação: 


“Convém o esforço de autoanálise, a fim de identificarmos a qualidade das próprias ações. É indispensável conhecermos os frutos de nossa vida, de modo a saber se beneficiam os nossos irmãos”. (Livro Caminho, verdade e vida – Cap.122) 


A que frutos se refere Emmanuel?  A nossas ações, comportamentos, sentimentos, motivações, esforços, palavras, enfim, tudo o que diz respeito à expressão do nosso eu, no movimento da Vida. 


É o próprio Allan Kardec quem nos dirá sobre os frutos almejados com o Espiritismo em nossas vidas, conforme consta na Revista Espírita, outubro de 1861, num discurso por ele proferido após contatos com irmãos espíritas de algumas localidades francesas e respondendo à questão sobre o que produzia o Espiritismo: “Tem impedido inumeráveis suicídios; restaurou a paz e a concórdia num grande número de famílias; tornou mansos e pacientes homens violentos e coléricos; deu resignação aos que não a tinham e consolações aos aflitos; reconduziu a Deus os que não O conheciam, destruindo lhes as ideias materialistas, verdadeira chaga social, que aniquila a responsabilidade moral do homem. Eis o que tem feito e faz todos os dias, o que fará cada vez mais, à medida que se espalhar”. (Revista Espírita – Outubro 1861). 


Observemos que essas colocações do Codificador são anteriores à publicação de O Evangelho segundo o Espiritismo, que ocorreria em abril de 1864. Nessa obra, em seu capítulo XVIII, Muitos os chamados e poucos os escolhidos, o Espírito Simeão, na única mensagem selecionada por Kardec, comenta inicialmente a afirmativa de Jesus: “Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos Céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus”. 


No corpo da mensagem, esse Espírito nos leva a refletir sobre os frutos desejáveis a serem produzidos pelos seguidores da Boa Nova, frutos de vida, de esperança e de fé que devem alimentar os viajores do caminho. Atitudes pautadas nos valores do Evangelho, sentimentos e pensamentos elevados, palavras edificantes sintetizam a substância desses frutos, resultados da renovação ou construção do progresso intelecto moral a que estamos destinados e através do qual atingiremos a felicidade almejada. 


“Iniciados na luz da Revelação Nova, os espiritistas cristãos possuem patrimônios de entendimento muito acima da compreensão normal dos homens encarnados”, afirma Emmanuel. (Livro Vinha de luz – Cap. 60) 


Esse patrimônio, por consequência, exige aplicação, vivência para que o ciclo do conhecimento se complete. 


Com a ampla compreensão que desenvolveu em seus labores na Codificação da Doutrina, Kardec sintetiza de modo lúcido e abrangente os frutos que deveremos produzir como resultados da Revelação Espírita em nossas vidas: “Tais, em resumo, os resultados da revelação nova, que veio encher o vácuo que a incredulidade cavara, levantar os ânimos abatidos pela dúvida ou pela perspectiva do nada e imprimir a todas as coisas uma razão de ser. Carecerá de importância esse resultado, apenas porque os Espíritos não vêm resolver os problemas da Ciência, dar saber aos ignorantes e aos preguiçosos os meios de se enriquecerem sem trabalho? Nem só, entretanto, à vida futura dizem respeito os frutos que o homem deve colher dela. Ele os saboreará na Terra, pela transformação que estas novas crenças hão de necessariamente operar no seu caráter, nos seus gostos, nas suas tendências e, por conseguinte, nos hábitos e nas relações sociais. Pondo fim ao reino do egoísmo, do orgulho e da incredulidade, elas preparam o do bem, que é o reino de Deus, anunciado pelo Cristo”. (Livro A gênese - Cap. 1, item 62) 


Eis o desafio diante da árvore da vida, na qual temos colhido a seiva divina da Nova Revelação: sermos a terra fértil a receber as sementes de vida eterna para germinarmos e darmos frutos a 30, a 60, a 100 por um, de acordo com nossa capacidade de esforço para realizar o BEM



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