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A ALIENAÇÃO POLÍTICA PROMOVIDA POR COACHING

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BIA MONTES, JORNALISTA, ATUANTE NAS ÁREAS DE ASSESSORIA POLÍTICA E GESTÃO DE CRISE. ATUOU POR 20 ANOS EM ASSESSORIA POLÍTICA E COORDENAÇÃO ESTRATÉGICA DE CAMPANHAS POLÍTICAS. HOJE, PRODUTORA DE REPORTAGEM NA TV BAND, ESCRITORA DE CONTOS E ARTIGOS DE OPINIÃO. 


O povo brasileiro, historicamente é marcado pela luta por justiça e direitos, enfrentando desafios crescentes em seu cenário político, especialmente no que diz respeito à alienação eleitoral. Nas eleições de 2024, essa alienação foi amplamente reforçada pela influência dos coaching, figuras que se expandiram do campo do desenvolvimento pessoal para a arena política, promovendo discursos simplistas e descontextualizados, que afetaram diretamente a percepção dos brasileiros sobre o papel da política e o exercício do voto. 


Os coaching se popularizaram com promessas de sucesso rápido e fórmulas de superação individual, apelando a uma narrativa de que o "sucesso depende apenas de esforço pessoal". Esse discurso desconsidera as complexidades estruturais, econômicas e sociais que moldam a realidade do Brasil. Quando aplicadas ao contexto eleitoral, tais ideias retiradas para a alienação do eleitorado, que passam a enxergar o voto de maneira despolitizada, como uma ferramenta de autossuficiência e não como parte de um processo coletivo para transformação social. 


Essa alienação eleitoral se reflete na forma como muitos brasileiros foram seduzidos por candidatos que adotaram o discurso dos coaching durante a campanha de 2024. Com a promessa de soluções fáceis para problemas históricos, esses políticos ofereciam uma visão reducionista da política, apelando para o mérito individual A ideia de que cada cidadão poderia "mudar o país" apenas com força de vontade, ignorando questões estruturais como desigualdade, corrupção e falta de acesso a direitos básicos. 


O resultado foi um eleitorado menos crítico e mais suscetível a promessas vazias, tornando-se incapaz de avaliar propostas de maneira aprofundada. A alienação promovida pelos coaching contribuiu para que muitos brasileiros deixassem de lado a análise de questões fundamentais para focar em slogans motivacionais e promessas que apelavam ao desejo de sucesso pessoal. A política, vista como espaço de diálogo e transformação social, foi derivada de uma atitude individualista, conduzindo a escolhas que não refletem necessariamente o interesse coletivo. 


Assim, nas eleições de 2024, a influência dos coaching ajudou a criar uma bolha de alienação, onde os governantes não conseguiram conectar suas decisões com as consequências para o bem comum. A ideia de que “basta querer para acontecer” ofuscou a necessidade de um debate mais profundo sobre o futuro do Brasil, limitando a capacidade crítica do povo e enfraquecendo o papel da política na promoção da justiça social e do desenvolvimento 



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