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A PRÓPRIA MORTE COM MEDO DA VIDA

jjuncal10

CELESTE BASTOS - POETISA


Esta arma mata um amigo e inimigo

Destruiu a minha humanidade


Hoje sou nada não, moça

Sou a raiz da fúria


Valente homem amargurado

Nunca encontrei o bem da flor


Tenho medo dos sussurros das palavras

Sorrir é um desafio à minha loucura


Gargalhadas preenchem um vazio interior

Felicidade não existe


Se a vida não tem valor

Em minhas mãos,

Não preenche meu coração


Quem sabe se um dia me sentir homem,

Foi só nas vezes que desejei ser amado


Só o ódio pela minha maldade

Faria eu renascer

Mas sou, hoje a própria morte com medo de viver




 
 
 

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