
JOSÉ WALTER PIRES
SOCIÓLOGO, ADVOGADO, POETA, CORDELISTA E ESCRITOR
MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL
Sinto dentro do peito algo ruim
Porém não sei dizer o que me ocorre,
Vivendo como fosse um Arlequim
Que pela Colombina, de amor morre
Convivendo com essa dor sem fim,
Procuro diluí-la em tolo porre,
Como Pierrot, vivendo triste assim,
E o bloco do prazer não me socorre.
Pois atire a primeira pedra, quem
Não sofreu, um dia, esse desgosto
Escondido com máscara no rosto.
Pelo amor de ambos, indo muito além,
Do que sonhado em pleno carnaval,
Mas se perdeu em denso vendaval!
José Walter Pires
Março 2023
AMOR PLATÔNICO
(Em paráfrase)
Aquilo que dentro do peito bate,
Não se retrata como o que resguardo;
Da vida, paixão, é o baluarte
Fonte do chilrear que vem do bardo.
Ah, todo sofrimento possui fim!
Prelúdio de destino já traçado;
Nada foi diferente de Arlequim
Quando do seu amor foi arredado.
Assim como seria fazer arte
Para tudo restar correspondido,
E sem que o coração fosse partido?
Ainda, das paixões, seguindo além,
Qual seria o tempero do seu canto
Que não o dissabor que vem do pranto!?
ERIC PIRES
17 de março de 2023
Gente, olhe o primeiro soneto de Eric. Ele nunca tinha feito versos. Acreditem que só corrigi a métrica e ajustei uns versos. Nada mais.
Estou espantado com o seu poder interpretativo do que escrevi.






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