
RIBAMAR VIEGAS
ESCRITOR LUDOVICENSE
Teoricamente, comunismo é uma ideologia política socioeconômica que pretende estabelecer uma sociedade igualitária por meio da abolição da propriedade privada, das classes sociais e do próprio Estado. Cada indivíduo contribui conforme a sua capacidade e, na distribuição dos bens produzidos, cada um recebe de acordo com as suas necessidades. Tudo comum a todos. País rico, povo rico!... Bom!
Na prática, o comunismo é também ditatorial. Além do totalitarismo, o cidadão é obrigado a sobreviver na carência em prol da sobrepujança do regime e do poderio do país. Apenas os governantes e seus seguidores são abastados. E quem ousar questionar é tido como maldito, traidor... morre. Exemplo de comunismo ditatorial dessa natureza: Cuba.
Teoricamente, a democracia capitalista é uma ideologia política voltada para a economia caracterizada pela alocação de recursos visando a lucros cada vez maiores por meio do trabalho proletário. Os cidadãos, no aspecto dos direitos políticos, participam igualmente do desenvolvimento e das criações de leis, exercendo o poder da governação através de eleições periódicas dos seus representantes. Um governo do povo, pelo povo e para o povo!... Bom!
Na prática, a democracia capitalista, quando imposta, é selvagem. Assemelha-se ao regime escravagista. Muitos trabalham duro para enriquecer poucos. Fazem parte desses poucos ricos os políticos corruptos. Não há divisão de renda. Predomina a pobreza. A maioria mora em favelas, palafitas, casebres ou nas ruas. Morre gente de fome. A sobrevivência de muitos excluídos (bandidos do sistema) depende de roubo, latrocínio, tráfico de drogas, sequestro, estelionato, propina, suborno, contravenção, prostituição... Exemplo desse tipo de democracia capitalista imposta: Brasil.
Um exemplo de como a coisa funciona no comunismo ditatorial e na democracia capitalista imposta: O Bode Russo.
Na antiga União Soviética, onde imperava o comunismo ditatorial, existia um casal com quatro filhos que moravam em um apartamento de apenas um cômodo. Toda semana o pai enfrentava a fila do Conselho Habitacional para solicitar um apartamento de dois quartos, e nunca era atendido.
Com a situação cada vez mais insuportável, o pai resolveu passar o tempo que fosse na fila e, depois de três dias, ele foi atendido e levado a uma sala de espera lotada, sem ventilação. Depois de quatro horas de espera sob aquele ar viciado e escaldante, onde todos reclamavam da demora, um policial entrou com um velho e malcheiroso bode, colocou-o no meio da sala e saiu. Todos se entreolharam e começaram a protestar contra o mau cheiro do bode naquela sala sufocante. Após uma hora de sufoco e desespero com o mau cheiro do bode, o policial voltou, pediu desculpas a todos, dizendo que havia se enganado quando deixou o bode ali. Assim que o bode foi retirado da sala, com ares aliviados, todos bateram palmas e urraram de alívio.
Moral da história: problemas menores desaparecem diante de problemas maiores. E uma coisa que parece insuportável, acredite, pode piorar. Exemplo caseiro: no verão, o fedor insuportável do Rio do Antônio, em Brumado-BA, já denominado − com muita propriedade − de Pinicão, pode piorar após a construção (imposta) de quilômetros de valetas para escoamento de mais esgoto a céu aberto, empestando as localidades por onde passarem e, certamente, irão acentuar o fedor do referido rio. Ao invés de se construírem grades de proteção nas valetas, dever-se-iam construir placas de concreto armado para tapar suas aberturas, além de se tratar o esgoto antes de despejá-lo no Rio do Antônio. Dessa forma, a cidade teria mais opção de rodovias, ciclovias e pistas de caminhada, e o fedor do esgoto a céu aberto emitido pelas valetas seria eliminado. Simples!







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