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CHAMANDO CHUVA

jjuncal10

RIBAMAR VIEGAS

ESCRITOR LUDOVICENSE


Na condição de filho de uma índia Timbira – nação do bravo guerreiro I-Juca-Pirama – fico apreensivo quando sei de uma expedição de civilizados rumo a uma aldeia com o propósito de ensinar bons costumes aos índios −. Índio não precisa dos bons costumes de civilizados, índio precisa de floresta sadia para continuar vivendo do seu jeito. A cultura primitiva de qualquer nação indígena no nosso Planeta sempre garantiu a boa existência da espécie durante milhares de anos. A desgraça do índio nos quatro cantos da Terra ocorreu a partir da presença de civilizados em seu habitat. O costume milenar do índio de respeitar a natureza, conviver harmoniosamente com sua mãe-terra e dela cuidar até que Tupã o chame, sempre foi o suficiente para uma vida longa, livre e feliz. Na minha concepção, os habitantes das florestas, índios, quilombolas, ribeirinhos, fauna e flora só têm a perder com a presença de homens “brancos”. O que não falta nessa gente é segundas intenções e o descaso com a integridade física do nativo. Vale lembrar que na década de sessenta, uma simples gripe exterminou uma tribo de Ianomâmis em menos de um mês. Bastou um expedicionário passar o vírus da gripe para um índio, naturalmente desprovidos de anticorpos, e o estrago foi triste. Atualmente o civilizado está levando para os nativos das florestas, vírus mais letais. É notório que o extermínio da Amazônia e dos seus habitantes está a todo vapor por meio de viroses, assassinatos de nativos, garimpos degradantes, queimadas e desmatamentos criminosos. De 1985 até 2020 foram desmatados na Amazônia brasileira 810 mil Km² (20%) da floresta, e no Cerrado brasileiro 27 milhões de hectares (metade da vegetação nativa). Um estudo recente prever o colapso da floresta Amazônica para 2029 se não houver uma coibição radical destes crimes ambientais. Trata-se da maior biodiversidade do planeta e é de vital importância no combate ao aquecimento global e as mudanças climáticas. O superaquecimento global já está provocando destruições em todos os Continentes (fogo, tempestades severas de água e de vento, derretimento de geleira...). Nas conferências para preservação do meio ambiente na ONU − a última com 176 países e 1.400 ONG ─, muitos se arvoraram com promessas de ajudar a preservar a Amazônia. Na prática, poucos que se atrevem in loco combater a devastação da floresta e de seus habitantes, são cruelmente assassinados. Os mais recentes − Bruno Pereira e Dom Philips − foram encontrados mortos, esquartejados, carbonizados, desfigurados... E como se tudo isso não bastasse para desgraçar ainda mais a vida dos nativos das nossas florestas, alguns hábitos peculiares dos civilizados são capazes de transformar a idoneidade dos índios, como aconteceu em uma aldeia em Montes Altos, no Maranhão.


Apareceu na referida aldeia uma dessas expedições catequistas com alguns expedicionários gays (nada contra gays), os quais iniciaram os índios na prática do sexo anal. Não deu outra. Os bravos guerreiros daquela aldeia gostaram da coisa e proporcionaram vexames inimagináveis para conseguir seus parceiros ativos. Os índios gays passaram a assediar, sem nenhum pudor, os visitantes masculinos que chegavam à aldeia.


No ato da recepção, o visitante era abordado por um (ou mais) índios que lhe despia a calça e postava-se de quatro à sua frente. A recusa era motivo de hostilidade, agressão e falava-se até em morte. Ninguém mais se atrevia a visitar aquela aldeia. Os índios gays, passaram a atacar os homens que paravam os carros no alto de um mirante, de onde se apreciava a ocara da aldeia no sapé dos Montes Altos. Os viajantes desciam dos carros e logo surgiam da mata índios nus caminhando de costas em direção aos homens. A solução era correr para o carro e sair em disparada. Diante disso, naquele mirante, carro nenhum parava mais. Foi então que ocorreu o pior dos vexames daquele povo. Os índios gays passaram a ficar ao longo de uns dois quilômetros à margem da rodovia MA-280, nus, de quatro, apontando para o traseiro aos veículos que passavam. Um “espetáculo” deprimente! Os condutores de veículos daquela região, diziam aos passageiros tratar-se de um ritual para chamar chuva, e que corria risco de ser assassinado quem atrapalhasse aquela pajelança. − E tudo por causa de uma expedição de civilizados para ensinar bons costumes a índios!... Eu, em?!...




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