
MARCELO BRASILEIRO - CIDADÃO
Militar da reserva das forças armadas - Advogado com especialização em direito Marítimo, Direito Ambiental
Pós graduado pela Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo
Roma foi fundada em 735 a.C.
Sua fundação é atribuída a Rômulo e no firme propósito de lideranças aldeãs em reunir as pequenas comunidades localizadas na região do Lácio (centro da Península Itálica) e assim formar uma cidade com influência política, militar e econômica.
Roma nasce como República e tinha no Senado sua força política de representação dos patrícios e suas famílias.
Os patrícios eram os cidadãos fundadores de Roma e seus descendentes e com o tempo, os adjetivos passou também a designar todo homem livre (Roma tinha escravos), pater famiglia (pai de família), com direitos e obrigações na vida citadina.
A cidade dispunha de uma invejável organização administrativa e, nesse ponto, a corrupção de altos agentes públicos (os magistrados) era tratada de forma terrível e exemplar.

Quando um magistrado corrupto era condenado, a execução da sentença (de morte) consistia em colocar o condenado dentro de um saco, junto com quatro animais (um gato preto, uma cobra, um cachorro e um galo).
Para os antigos romanos, o gato preto era um símbolo de desconfiança e improbidade, a cobra refletia astúcia e perfídia, o cão servia para lembrar ao condenado de que ele havia traído seus patrícios (seus melhores amigos), e o galo advertia ao desgraçado de ele nunca mais iria ouvir o cantar de um galo no romper da aurora.
Feito isto, amarravam a boca do saco e o lançavam às águas do Tibre. Com isso, o condenado era - simbolicamente, alijado dos quatro elementos: ar, terra, fogo (do calor do Sol), e ainda que o saco fosse lançado no Tibre (rio que banha os arredores de Roma), o magistrado corrupto era, enfim, também privado da água.
Assim era o fim de todos os altos funcionários públicos (os magistrados) em Roma.
Para os antigos romanos - diferentemente de nós, a corrupção não se limitava à venalidade das pessoas. Não se resumia a pagar e receber propina e a usufruir de indevidos favores, mas sim à corrupção dos costumes.
Para eles (os antigos romanos) a pior forma de corrupção era a corrupção dos bons costumes do povo. Costumes que deveriam ser refletidos nas condutas de todo e qualquer agente público.









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