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DE MIM PARA MIM

jjuncal10

JUNCAL


Faço o que faço

Não perco a razão

E nem a noção

Faço o que gosto

Do jeito que bem quero


Uns criticam

Outros nem tanto

Alguns chegam a gostar

Das tretas que pratico

Tô nem ai


Talvez e só talvez

O tempo faça a diferença

Em uma visão inconformista

Críticas nunca faltam

Mas a dor continua


As vezes sou agradável

Principalmente quando quero

Outras vezes carrancudo

Fazendo cara de mau

Sem nenhuma preocupação


Personalidade não me falta

Ser livre é minha opção

Que nem todos

Conseguem alcançar

Pela forma de agir


Quando a escrever estou

Passa um turbilhão de ideias

Algumas aproveitáveis

O restante para um futuro

Que nem sei se vou usar


Assim caminho

Há dias que a noite não chega

E tem noites que o dia não chega

O pensamento vagueia

Seguindo uma procissão


Quando o humor é bom

O pensamento ativa

Ideias e mais ideias

Que as vezes não chegam a lugar nenhum

Mesmo assim, satisfaz


Um dia é belo quando a brisa cai

Mas nem sempre a brisa admiro

Pois sempre me apaixono pela noite

Que me leva a viajar

Em busca de um ato perdido


Também tem o encanto do sol

Que queima e também esquenta

Trazendo reclamações

Quando não tenho do que queixar

Como forma de procrastinar


É tudo um grande encanto

Ou talvez um desencanto

Mira no alvo e erra

Mas acerta o que não via

As vezes até dá certo


Hoje meu humor esta ácido

Amanhã não preparei ainda

Um fato novo para acontecer

Depende do bem querer

E do saber querer



Tanta coisa bela

Me apego ou não apego?

Tanta coisa por vir

E o tempo a correr

Na contramão do tempo


Talvez e só talvez

Um pouco escorregadio

Fazendo malabarismo

Com uma flor na mão

E uma pinguinha na outra


Repetindo o que não disse

“ A vida é uma caixinha de surpresa”

Surpresa, pode ser pressa fácil

Que se ganha e não se laça

Como um bom livro de romance


Assim, as vezes não sei o que digo

E muito menos a quem digo

Mas vou tocando o barco

Assim talvez e só talvez

Chego em lugar algum


Como diz Moacyr Franco

“Cartas na Mesa”

Talvez em uma jogada

Como a “ Balada para um louco”

Que felizmente não é sofrência


Dando uma volta no passado

Fugindo da presença do presente

Conspirando com o futuro

E em um passe de mágica

Retiro da cartola a plena felicidade


DE MIM PARA MIM

Me acompanha, persegue

E do jeitinho que sei

Vou remando

Até chegar ...





 
 
 

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