
JUNCAL
Faço o que faço
Não perco a razão
E nem a noção
Faço o que gosto
Do jeito que bem quero
Uns criticam
Outros nem tanto
Alguns chegam a gostar
Das tretas que pratico
Tô nem ai
Talvez e só talvez
O tempo faça a diferença
Em uma visão inconformista
Críticas nunca faltam
Mas a dor continua
As vezes sou agradável
Principalmente quando quero
Outras vezes carrancudo
Fazendo cara de mau
Sem nenhuma preocupação
Personalidade não me falta
Ser livre é minha opção
Que nem todos
Conseguem alcançar
Pela forma de agir
Quando a escrever estou
Passa um turbilhão de ideias
Algumas aproveitáveis
O restante para um futuro
Que nem sei se vou usar
Assim caminho
Há dias que a noite não chega
E tem noites que o dia não chega
O pensamento vagueia
Seguindo uma procissão
Quando o humor é bom
O pensamento ativa
Ideias e mais ideias
Que as vezes não chegam a lugar nenhum
Mesmo assim, satisfaz
Um dia é belo quando a brisa cai
Mas nem sempre a brisa admiro
Pois sempre me apaixono pela noite
Que me leva a viajar
Em busca de um ato perdido
Também tem o encanto do sol
Que queima e também esquenta
Trazendo reclamações
Quando não tenho do que queixar
Como forma de procrastinar
É tudo um grande encanto
Ou talvez um desencanto
Mira no alvo e erra
Mas acerta o que não via
As vezes até dá certo
Hoje meu humor esta ácido
Amanhã não preparei ainda
Um fato novo para acontecer
Depende do bem querer
E do saber querer
Tanta coisa bela
Me apego ou não apego?
Tanta coisa por vir
E o tempo a correr
Na contramão do tempo
Talvez e só talvez
Um pouco escorregadio
Fazendo malabarismo
Com uma flor na mão
E uma pinguinha na outra
Repetindo o que não disse
“ A vida é uma caixinha de surpresa”
Surpresa, pode ser pressa fácil
Que se ganha e não se laça
Como um bom livro de romance
Assim, as vezes não sei o que digo
E muito menos a quem digo
Mas vou tocando o barco
Assim talvez e só talvez
Chego em lugar algum
Como diz Moacyr Franco
“Cartas na Mesa”
Talvez em uma jogada
Como a “ Balada para um louco”
Que felizmente não é sofrência
Dando uma volta no passado
Fugindo da presença do presente
Conspirando com o futuro
E em um passe de mágica
Retiro da cartola a plena felicidade
DE MIM PARA MIM
Me acompanha, persegue
E do jeitinho que sei
Vou remando
Até chegar ...









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