DEPENDÊNCIA QUÍMICA
- jjuncal10
- 27 de out. de 2024
- 5 min de leitura

Por: Robérico Silva de Oliveira – Teólogo, Gestor em Teologia, Psicanalista Clínico, Pós-graduado em Psicologia Clínica, Graduado em Administração, Pós-graduado em Ciências Políticas.
Tentarei fazer uma abordagem simples sobre um assunto de média a alta complexidade que gera milhões de reais diariamente ao crime organizado vitimando pessoas de todas as faixa-etárias independente de nível de escolaridade, poder aquisitivo e status social. Com o agravante de que nenhum país do mundo conseguiu até o momento evitar o tráfico e consumo de drogas.
O QUE É DEPENDÊNCIA QUÍMICA?
Também chamada de “Transtorno do uso de substâncias” – definição do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a dependência química/o transtorno do Uso de Substâncias que engloba uma ampla gama de problemas relacionados ao uso de substâncias como álcool, Drogas ilícitas e medicamentos prescritos.
O QUE CARACTERIZA DEPENDÊNCIA QUÍMICA?
* Sintomas específicos – compulsão de uso das substâncias, a dificuldade de controlar o uso, a persistência no uso apesar das consequências negativas e a ocorrência de Sintomas de abstinência quando a substância é interrompida.
* A dependência química é considerada um transtorno porque seus efeitos no organismo do usuário geram problemas terríveis a saúde física, mental e social.
Substâncias Química mais comuns associadas a dependência
DROGAS LÍCITAS:
* Álcool: O álcool etílico é uma substância psicoativa presente em bebidas alcoólicas. O abuso prolongado pode levar à dependência física e psicológica.
* Tabaco/Nicotina: A nicotina é uma substância encontrada em produtos de tabaco. O tabagismo é altamente viciante e pode levar à dependência.
DROGAS ILÍCITAS:
* Maconha (Cannabis): É uma das drogas ilícitas mais consumidas no mundo. Contém o composto psicoativo THC (Tetra- hidrocanabinol principal princípio ativo da maconha).
* Cocaína: Estimulante do sistema nervoso central. Altamente viciante e associado a sérios riscos para a saúde.
* Anfetaminas e Metanfetaminas: São estimulantes potentes, que podem levar à dependência com o uso prolongado.
* Heroína e Opioides: São substâncias analgésicas altamente viciantes que afetam os receptores opioides no cérebro.
MEDICAMENTOS PRESCRITOS:
* Opioides (como morfina, oxicodona): Usados para aliviar a dor, mas também levam à dependência se usados de maneiras inconvenientes.
* Benzodiazepínicos (como Diazepam, alprazolam): São prescritos para ansiedade e insônia, mas podem causar dependência se usados por períodos prolongados.
* Estimulantes (como metilfenidato, anfetaminas prescritas): Podem ser prescritos para TDAH ou narcolepsia, mas também pode ocorrer uso abusivo gerando a dependência.
INALANTES:
Produtos químicos voláteis encontrados em produtos comuns, como tintas, solventes e aerossóis. Inalá-los pode ser prejudicial à saúde e viciante.
* Substâncias de Abuso Volátil: Inclui produtos químicos que produzem efeitos alucinógenos, como o LSD, ecstasy (MDMA), entre outros.
* Substâncias Psicotrópicas Prescritas: Além dos medicamentos mencionados, há outras substâncias prescritas, como certos antidepressivos e antipsicóticos, que podem ser alvo de abuso.
SINTOMAS DA DEPENDÊCIA DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
Os sintomas de dependência química podem variar de acordo com a substância envolvida e a gravidade do transtorno, mas geralmente incluem uma combinação de vários sintomas:
* Compulsão para Usar: Uma pessoa sente uma forte necessidade de consumir uma substância de forma regular, muitas vezes em quantidades crescentes.
* Dificuldade em controlar o uso: Uma pessoa tem dificuldade em limitar ou controlar a quantidade de substância consumida.
* Tolerância: Progressivamente, a pessoa precisa de quantidades maiores da substância para obter o mesmo efeito que antes era alcançado com doses menores,
* Sintomas de Abstinência: Quando uma pessoa para de usar uma substância ou reduz a dose, ela experimenta sintomas físicos e/ou psicológicos. Esses sintomas variam dependendo da substância e podem incluir tremores, ansiedade, irritabilidade, náuseas, insônia, entre outros.
* Prioridade para a Substância: A substância se torna uma prioridade na vida da pessoa, muitas vezes em detrimento de outras atividades e responsabilidades.
* Desinteresse por Atividades Anteriores: Uma pessoa pode perder o interesse em atividades que antes eram importantes ou prazerosas.
* Continuar a usar apesar das consequências negativas: Mesmo quando uma pessoa está consciente dos problemas causados pelo uso da substância (como problemas de saúde, dificuldades no trabalho ou nos relacionamentos), ela continua a consumi-la.
* Isolamento Social: Uma pessoa pode se afastar de amigos e familiares, buscando situações ou companhias que facilitem o uso da substância.
* Negligência com a Saúde e Higiene: A dependência química pode levar a uma negligência com a própria saúde, alimentação e higiene pessoal.
* Desejo de Parar sem Sucesso: Uma pessoa pode fazer esforço para parar de usar uma substância, mas frequentemente tem dificuldade em manter a abstinência.
TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA
* tratamento é complexo e multifacetado, uma vez que envolve uma combinação de intervenções médicas, psicológicas e sociais.
* tratamento varia de acordo com o indivíduo e a substância em questão. Cada indivíduo é único e, por isso, pode necessitar de diferentes combinações de terapias e tratamentos.
TIPOS DE INTERVENÇÃO
Desintoxicação (ou "Detox"):
* Primeiro passo para muitos dependentes, principalmente para substâncias como álcool, benzodiazepínicos e opiáceos.
* Envolve a eliminação segura da substância do corpo do paciente, muitas vezes sob supervisão médica, para gerenciar sintomas de abstinência.
TERAPIAS COMPORTAMENTAIS:
* A terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajuda os pacientes a identificar, evitar e lidar com as situações em que são mais propensos a usar drogas.
* A terapia motivacional incentiva o paciente a mudar o comportamento.
* Terapia de reforço, onde incentivos são usados para encorajar a abstinência.
TERAPIAS FARMACOLÓGICAS:
* Medicamentos podem ser usados para ajudar a estabelecer padrões normais de funcionamento do cérebro, diminuir a compulsão pela droga e prevenir recaídas.
* Medicamentos podem ser usados para ajudar a reestabelecer Tratamento Residencial/Internação.
TRATAMENTO RESIDENCIAL/INTERNAÇÃO:
* Oferece um ambiente controlado, muitas vezes benéfico para aqueles com histórico prolongado de abuso de substâncias ou para aqueles com múltiplas recaídas.
REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL:
* Ajuda os indivíduos a reintegrar-se à sociedade e a evitar recaídas, focando em habilidades de vida, construção de relacionamentos saudáveis e gestão de estresse.
ACONSELHAMENTO INDIVIDUAL E DE GRUPO:
* Oferece apoio e estratégias para lidar com a dependência e problemas associados.
TERAPIAS COMPLEMENTARES:
* Yoga, meditação, acupuntura, terapia com animais e outras terapias alternativas que podem ser usadas em conjunto com tratamentos tradicionais.
TRATAMENTO DE COMORBIDADES:
* Muitos dependentes químicos também têm outras condições de saúde mental, como depressão ou ansiedade. Tratar ambas as condições simultaneamente são cruciais para o sucesso a longo prazo.
A TERAPIA NA RECUPERAÇÃO E PREVENÇÃO DE RACAÍDAS DE JOVENS E ADOLESCENTES:
* Ajuda o indivíduo a reconhecer a gravidade do seu problema, a identificar os gatilhos que levam ao uso de substâncias e a compreender os padrões subjacentes de seu comportamento.
* Oferece uma combinação de apoio, educação e desenvolvimento de habilidades que são vitais para a recuperação da dependência química e para a prevenção de recaídas.
Posso ajudar?
Contatos: (75) 9 8229 – 4931 / (75) 9 9973 - 1255
E-mail: pr.roberico@Hotmail.com









Commentaires