
Por CARLOS AROUCK
FORMADO EM DIREITO E ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
Por décadas, o Brasil tem alternado entre momentos de esperança e desilusão, mas o atual governo Lula/Alckmin parece ter levado o país a um estado de perplexidade coletiva. Dois anos após assumir o poder, a administração enfrenta críticas por uma gestão que, ao invés de trazer a reconstrução prometida, mergulha o país em um abismo econômico e social sem precedentes.
Uma Economia à Deriva!
Os sinais de alerta são claros: inflação descontrolada, aumento vertiginoso dos combustíveis, dos preços dos alimentos, elevação de impostos e um déficit fiscal que ameaça paralisar o país. As famílias brasileiras sentem o impacto de uma política econômica que parece penalizar os mais pobres. Promessas de crescimento foram substituídas por juros astronômicos e um endividamento generalizado, deixando trabalhadores, pequenos empresários e até a classe média com poucas alternativas além de apertar o cinto.
O aumento do dólar a patamares alarmantes só agrava a crise. Essa desvalorização do real afeta diretamente a economia em vários níveis. Para os consumidores, o preço dos produtos importados, incluindo eletrônicos, remédios e itens básicos dependentes de insumos externos, torna-se insuportável. Para a indústria, os custos de produção sobem, pressionando ainda mais a inflação e reduzindo a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Além disso, a alta do dólar aumenta a dívida pública, indexada à moeda americana, limitando o investimento em áreas essenciais e aumentando a percepção de risco entre investidores, o que afasta capitais necessários para a recuperação.
Gestão Pública ou Gestão de Crises?
Os recordes negativos se acumulam sob a atual administração. Estatais, outrora pilares da economia, agora sofrem com prejuízos históricos, revelando falhas graves de gestão. Enquanto isso, programas como a Lei Rouanet recebem recursos exorbitantes, em contraste com a negligência em áreas cruciais como saúde e educação. O resultado é evidente: hospitais lotados, escolas sucateadas e um aumento alarmante de doenças como a dengue.
A devastação ambiental é outro ponto de fracasso. Queimadas e desmatamento na Amazônia e no Pantanal não só ameaçam o ecossistema, mas também colocam em risco a posição internacional do Brasil. Em um mundo cada vez mais preocupado com questões climáticas, o país caminha para um isolamento que pode ter consequências econômicas severas.
O Peso do Dólar no Cotidiano:
Para o cidadão comum, o aumento do dólar significa mais dificuldades diárias. O preço dos combustíveis, sensível às variações da moeda americana, é um fardo crescente para as famílias, afetando diretamente o transporte, os fretes e, consequentemente, o custo de produtos básicos. Viagens internacionais, antes acessíveis à classe média, tornaram-se um sonho distante, assim como a educação no exterior para muitos jovens brasileiros. Setores como tecnologia e saúde, que dependem de importações, sentem o impacto com o aumento dos preços de equipamentos e medicamentos.
Rumo à Estagnação ou à Ruptura?
O descontentamento cresce proporcionalmente à profundidade da crise econômica e social. O debate público agora inclui a palavra "impeachment", refletindo o clamor de uma parcela significativa da população. Alianças políticas, antes vistas como uma fortaleza do governo, mostram-se frágeis, com aliados históricos se distanciando e críticos ganhando espaço.
Internacionalmente, a chegada de um governo republicano nos Estados Unidos adiciona mais tensão. Pressões por políticas ambientais mais rigorosas e ajustes comerciais podem intensificar as dificuldades de uma administração já sobrecarregada por crises internas.
E Agora, Brasil?
O Brasil está em uma encruzilhada. Continuar pelo caminho atual significa aprofundar o ciclo de estagnação e retrocesso. A alternativa exige coragem e liderança para implementar mudanças estruturais que promovam crescimento sustentável e priorizem o bem-estar da população.
Mas, para isso, é crucial que o governo Lula/Alckmin reconheça seus erros e redirecione sua gestão. O país não pode mais se dar ao luxo de esperar por promessas vazias ou justificativas que não aliviam a realidade dos brasileiros.
O povo merece um governo presente, que não desapareça nos momentos de maior necessidade, mas que tome as rédeas e construa um futuro de estabilidade, prosperidade e igualdade. A pergunta que resta é: Lula e Alckmin estão dispostos a apertar seus próprios cintos e enfrentar o desafio ou continuarão a deixar o Brasil à deriva e o povo sofrendo?








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