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EU NO MEIO – NA ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL


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Professora Marisa Assis

Pedagoga, Especialista em Administração Escolar



Muito se tem falado sobre direitos no Brasil. De fato, a Constituição Federal garante esses direitos a todos. Mas será que todos têm, realmente, os mesmos direitos quando falamos em educação? Na educação, a legislação atual é suficiente para resolver os problemas no ensino?


Acredita-se que formar ou educar professores não é tarefa fácil. Isso porque a transformação dos saberes e a internalização de valores educativos, apesar de presentes em nossa vida em sociedade, não é um elemento fácil de entender, principalmente quando a questão é a relação teoria e prática em nossa atuação pedagógica cotidiana.


Como educadora tenho dúvidas sobre se realmente teoria e prática sejam coisas tão fáceis e reforçam a questão central da difícil relação entre teoria e prática. Nesse sentido vale pensar que a relação do professor com o saber é uma ação complexa, e que passa pela noção de competência. A competência técnica do professor pode ser vista como a mediação pela qual se realizaria o sentido político e de interação da educação com o educando.


O entendimento que se tem sobre o Fazer Pedagógico, é que as propostas educativas e as políticas públicas atuais referentes à atuação docente têm provocado um clima de dúvidas e incertezas sobre a prática docente que se quer e a prática docente que deve ser desenvolvida na escola. Acredita-se que essa prática deve acarretar o movimento de busca de novos caminhos para a docência e, por que não falar, de um novo sentido para esse tipo de trabalho.


Como educadora me vejo na busca de novos caminhos que o trabalho docente deve refazer, onde o cotidiano docente se movimenta, contra rotinas que enrijecem e que não permitem criar novas possibilidades. Nessas mudanças, acredita-se que se pode aprender mediante um processo de socialização intuitiva, autodidata, onde o ensinar motiva e desafia.


Em outras palavras, acredita-se que o saber docente não é um conjunto de conteúdos cognitivos definidos de uma vez por todas (tudo pronto e acabado), mas um processo em construção ao longo de uma carreira profissional, na qual o professor aprende, progressivamente, a dominar o seu ambiente de trabalho, ao mesmo tempo em que se insere nele e o interioriza utilizando-se de regras de ação que se tornam parte integrante da sua consciência prática. Pode-se até ir mais longe: o educador não deve dominar apenas o saber de determinadas matérias, mas o saber da e para a vida; o saber ser gente, com ética, dignidade, valorizando a vida, o meio ambiente, a cultura.


O educador que se almeja é o educador de cidadãos, que observa a si próprio (autoconhecimento); olhar para o mundo, olhar para si e sugerir que os educandos façam o mesmo e não apenas ensinar regras, teorias, cálculos. O educador precisa ser um mediador de conhecimentos e utilizar a sala de aula não apenas para instruções formais, mas, também, para despertar os alunos para a curiosidade; ensinando-os a pensar, a ser persistentes, a ter empatia com o próximo, a ser autores e não expectadores no palco da vida. E mais: ser amigo, saber ouvir, colocar-se no lugar do outro.


Portanto, coloco-me como educadora que deseja um Fazer Pedagógico existencialista, porque entendo que o educar é dispor da oportunidade de mudar, disciplinar, criar, reconstruir, enriquecer a vida de seres humanos.


Ou seja, ser educador demanda um compromisso político da profissão e que somente tal compromisso poderá produzir um processo crescente de conscientização dos educadores, da escola e da sociedade em geral, em relação à construção educativa das crianças brasileiras.


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