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INFLAÇÃO: O QUE OS NÚMEROS NÃO CONTAM

jjuncal10

Por CARLOS AROUCK

FORMADO EM DIREITO E ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS


Então, como é possível que o governo e o IBGE afirmem que a inflação está caindo? 

  

Recentemente, o governo do presidente Lula, em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmou que a inflação está desacelerando e que, especificamente, os preços de alimentos básicos estão em queda. No entanto, a percepção dos consumidores, refletida em suas conversas cotidianas os próprios recibos de compras indicam que os preços continuam a subir, contradizendo a narrativa oficial. 

  

Na prática, muitos consumidores notam que os preços dos alimentos básicos continuam a subir mês a mês. Por exemplo, ao comparar os preços dos itens principais de uma cesta básica de um supermercado conhecido, podemos ver os aumentos concretos nos recibos de compras: 

  

Esses dados ilustram uma trajetória ascendente nos preços de produtos básicos, desafiando as afirmações de queda nos preços. 

Não se trata apenas de comparar se o arroz está mais caro ou barato em um mercado específico, mas de observar a trajetória desses preços ao longo do tempo. Ainda que o governo e órgãos oficiais possam estar apresentando uma média mais otimista, a realidade é que muitos produtos básicos continuam sofrendo aumentos significativos.  

  

Portanto, é fundamental questionar as afirmações oficiais e olhar para além dos números. A inflação não é apenas uma questão de estatísticas, mas sim uma realidade que aflige a vida das pessoas. 

  

Os brasileiros sabem que a inflação é um problema sério que afeta a sua capacidade de compra e a sua qualidade de vida. É hora de o governo e os órgãos estatísticos ouvirem a voz das pessoas e reconhecerem a realidade da inflação. 

  

A imprensa tem reportado a desaceleração da inflação, como apontado pelo IBGE, mas também observamos diversos relatos sobre a alta significativa dos preços dos alimentos. Por exemplo, o avanço dos preços dos alimentos em 2024 alcançou 4,7%, o dobro da média da inflação geral. Isso coloca uma pressão adicional no orçamento familiar, especialmente em um cenário onde o desemprego também se mantém em níveis preocupantes. 

  

Os consumidores, no entanto, estão mais preocupados com a realidade imediata de seus bolsos e mesas de jantar. A experiência real no supermercado, onde itens básicos continuam a subir de preço, revela que a desaceleração da inflação nem sempre se traduz em um alívio percebido no custo de vida principalmente para os mais pobres. O desafio é entender como dados oficiais, relatórios econômicos se contradizem com a realidade do dia a dia podem coexistir. 

  

A queda nas taxas de inflação anunciada pelo Governo Lula e pelo IBGE não está adequadamente refletida nos preços dos alimentos básicos, segundo a experiência cotidiana dos consumidores. Embora seja essencial considerar os dados oficiais, não se pode ignorar as percepções e dificuldades enfrentadas pelas famílias brasileiras. A diferença entre a inflação geral e a inflação observada nos alimentos requer uma atenção mais detalhada e políticas mais eficazes para realmente proporcionar alívio à população. 

  

Mesmo com uma narrativa otimista vinda de fontes oficiais, é evidente que a inflação ainda exerce um impacto significativo no custo de vida diário, especialmente em itens essenciais e de consumo imediato. Entender essa complexidade é vital para formar uma imagem completa da situação econômica atual do país. 

  

Os brasileiros sabem que a inflação não está caindo, e é hora de o governo ouvir a sua voz e trabalhar para resolver esse problema. É hora de mudar a forma como a inflação é medida e combatida, e de priorizar a vida das pessoas em vez de apenas os números. 



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