
Mayrion Álvares da Silva
Profissão: Estoquista
Instagram: @folhadebrumado
A medida que mede a poesia
Não se chama régua nem compasso,
Sendo a criatividade algo infinita,
Não posso colocar limites no meu traço.
Nunca precisei da ajuda de um polígrafo
Para escrever sobre o micro e o macro,
Sendo o dom poético livre para escolher,
Não posso colocar limites no meu traço.
Se tentasse medir o pensamento poético
Sei que o velocímetro seria um fiasco,
Sendo a inspiração fonte inesgotável,
Não posso colocar limites no meu traço.
Nunca precisei da antiga ampulheta
Para controlar o tempo das palavras ditas,
Sendo a liberdade de expressão um direito,
Não posso colocar limites em minha escrita.
Se tentasse medir a massa encefálica
Sei que a balança seria medida perdida,
Sendo a ideia momentos inusitados,
Não posso colocar limites em minha escrita.
Nunca precisei recorrer-me ao altímetro
Para medir a altura de um intelecto com o meu,
Sendo o raciocínio uma capacidade individual,
Não posso colocar limites no que alguém escreveu.
Se tentasse medir as rotações de um pensamento
Sei que o tacômetro se perderia no breu,
Sendo o livre arbítrio algo lindo e divino,
Não posso colocar limites no que alguém escreveu.
A medida que mede a poesia
Encontra-se no respeito e na ética,
Sendo a poesia fonte que liberta,
Não posso me sentir preso pela métrica.





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