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MEDINDO A MÉTRICA

jjuncal10

Mayrion Álvares da Silva

Profissão: Estoquista

Instagram: @folhadebrumado


A medida que mede a poesia

Não se chama régua nem compasso,

Sendo a criatividade algo infinita,

Não posso colocar limites no meu traço.


Nunca precisei da ajuda de um polígrafo

Para escrever sobre o micro e o macro,

Sendo o dom poético livre para escolher,

Não posso colocar limites no meu traço.


Se tentasse medir o pensamento poético

Sei que o velocímetro seria um fiasco,

Sendo a inspiração fonte inesgotável,

Não posso colocar limites no meu traço.


Nunca precisei da antiga ampulheta

Para controlar o tempo das palavras ditas,

Sendo a liberdade de expressão um direito,

Não posso colocar limites em minha escrita.


Se tentasse medir a massa encefálica

Sei que a balança seria medida perdida,

Sendo a ideia momentos inusitados,

Não posso colocar limites em minha escrita.


Nunca precisei recorrer-me ao altímetro

Para medir a altura de um intelecto com o meu,

Sendo o raciocínio uma capacidade individual,

Não posso colocar limites no que alguém escreveu.


Se tentasse medir as rotações de um pensamento

Sei que o tacômetro se perderia no breu,

Sendo o livre arbítrio algo lindo e divino,

Não posso colocar limites no que alguém escreveu.


A medida que mede a poesia

Encontra-se no respeito e na ética,

Sendo a poesia fonte que liberta,

Não posso me sentir preso pela métrica.








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