
PAULO ESDRAS
Professor, comunicólogo,
poeta, ambientalista
Estava acompanhando algumas matérias publicadas no ano de 2021 D.C. e uma foto me fez rir. Sei que não é momento para riso já que este foi o ano em que o Brasil se tornou o epicentro da pandemia e berço fértil das chamadas inicialmente de novas variantes. Porém, os brasileiros não perdem o humor e pegaram uma das inúmeras falas imbecilizantes do então presidente Bolsonaro para se fantasiarem enquanto tomavam a vacina.
Esta foto em especial traz um dos motivos do julgamento de genocídio que o réu Bolsonaro foi condenado anos depois. Num discurso público, o presidente afirmou que a vacina poderia ser perigosa, modificar o DNA das pessoas, e perguntou "já pensaram tomar a vacina e virar um... um jacaré?". Claro que virou piada mais uma vez, mas a situação do Brasil ter eleito um presidente negacionista da ciência justamente na época em que teríamos a pandemia da COVID-19 estava mais para uma tragédia (se bem que para alguns países a coisa se tornou tragicômica).
O tribunal internacional recebeu outras provas como o uso de medicamentos cientificamente descartado pelas organizações científicas de todo o mundo, agravando outras enfermidades e levando ao óbito diversas pessoas que poderiam ter sido curadas naturalmente (algumas faleceram depois por consequências do uso indiscriminado dessas medicações). O número oficial revelado pela imprensa não era nem a metade dos casos de falecimento pela COVID-19, variantes, pelas sequelas oriundas da pandemia, pela gestão desastrosa e genocida do Governo Federal.
Mais provas do julgamento foram vídeos do próprio presidente afirmando que a pandemia era um alarde maximizado pela mídia, uma "gripezinha" de nada, incentivando as pessoas a irem às ruas, estimulando e participando de aglomerações, sem máscaras de proteção, levantando a caixa de medicamentos comprovados sem eficácia contra a COVID-19 num ato de propaganda nefasto.
Obviamente outros foram incluídos no julgamento, como os Ministros da Saúde - com base na investigação da CPI instaurada no Congresso Nacional -, alguns grandes empresários que participaram de atos contra a Democracia e a favor de aglomerações em benefício do próprio lucro, autoridades responsáveis pela continuidade da gestão genocida, religiosos e blogueiros bolsonaristas que foram fundamentais para a propagação do vírus entre os fanáticos e seguidores extremistas.
Sigam firmes e no propósito científico de maior conhecimento.
Um abraço fraternal do futuro,
Heródoto - 75 D.P.K.







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