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Meu irmão Moraes Moreira

jjuncal10

Atualizado: 11 de dez. de 2020


SOCIÓLOGO, ADVOGADO, POETA, CORDELISTA E ESCRITOR









JOSÉ WALTER PIRES

SOCIÓLOGO, ADVOGADO, POETA, CORDELISTA E ESCRITOR



Meu irmão Moraes Moreira:

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Hoje, sexta-feira, 13 de novembro, a sua viagem, tão longa, está completando sete meses. Como você não nos dá notícias por cartas, salvo aquelas que, costumeiramente, vêm pela mídia, aqui vamos dar algumas nossas, “na forma de costume", expressão que lhe é familiar.

Pois bem: estamos todos vivos, são e salvos dessa pandemia, até agora, nos preservando como podemos, para não sermos vítima desse mau que nos assola. Infelizmente, não pudemos dizer a mesma coisa em relação a alguns amigos nossos, vitimados brutalmente e mortos, entre eles incluindo o casal de amigos, Zé Clemente e Cristina, sendo o “papa”, como o tratava, carinhosamente, seu amigo desde Caculé, onde concluíram o curso científico, em 1967. Dos mais drásticos e constrangedores acontecimentos, que os levou às mortes, apesar da luta travada nos leitos hospitalares por longos e esperançosos dias. Que bom você não ter padecido disso!

Mudando de assunto, estamos a três dias do pleito eleitoral para prefeitos e vereadores municipais. A família, mais uma vez envolvida, em Ituaçu, através de Adalberto (Dal), candidatando-se à reeleição, aparentemente, com alguma vantagem para o seu concorrente, o que seria de bom alvitre que ocorresse, tranquilizando, de uma vez por todas, a tumultuada e tradicional política de lá, com a troca de ofensas de lado a lado.

Entretanto, aqui em Brumado, só está diferente no que diz respeito ao uso da literatura apócrifa que por lá sempre aconteceu, sem poupar adjetivos aos concorrentes e seguidores, mas que, entre mortos e feridos, todos estão salvos. Na dita “capital dos minérios”, designação que me intriga, não acontece isso, mas a batalha se dá com mais frequência no tapete da Justiça, com as ações de cada lado. Não posso dizer que não tomo conhecimento disso, entretanto, sem me afrontar às linhas de frente, com raras opiniões entre a família ou circunstantes bem mais próximos.

Enfim, são as coisas que você bem conhece, por esse Brasil afora, que também não anda nos trilhos, que como os trens da nossa adolescência, que tardavam de chegar ao destino, no caso Salvador, a capital que sempre sediou os nossos sonhos. No Brasil, anda um pesadelo. Não mais que esta metáfora para transmitir o que se passa neste país de Abrantes.

Pois, bem, meu irmão: são os nossos “quem+quem”, quando minha mãe queria saber da filha amada, das ocorrências das festas, tão logo retornasse delas, ainda que pela madrugada. Essa expressão continuou entre os familiares nas diversas circunstâncias. Quem não viveu isso?

No mais para dizer-lhe que as nossas saudades de você continuam imensas. Assim, vou brindar o seu público com mais um poema, fruto da sua verve poética, que também se transformou em bela canção. Vejam, pois, na minha declamação!

Um abraço saudoso

Do velho mano Juzé,






66 visualizações1 comentário

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1 Kommentar


gl.azevedo
13. Dez. 2020

Parabéns,, Juncal, sucesso nessa iniciativa inteligente de informar e abrir mais um espaço democrático para a veiculação de notícias e comentários sobre os mais diversos fatos da vida cotidiana de nossa cidade.

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