Por CARLOS AROUCK
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CLAMORES POR ANISTIA E CRÍTICAS AO STF
No dia 7 de setembro de 2024, a Avenida Paulista foi palco de uma grande manifestação liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, reunindo milhares de apoiadores. A concentração, que contou com bandeiras e faixas, teve como um dos principais temas o pedido de anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
Durante o comício, Bolsonaro reiterou o pedido de anistia aos manifestantes detidos após os eventos de 8 de janeiro, quando ocorreram protestos em Brasília. Segundo ele, é necessário "corrigir injustiças" e "perdoar os patriotas que lutaram pelo país".
Bolsonaro não poupou críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fazendo coro com outros líderes ali presentes, como Nikolas Ferreira e Silas Malafaia. Os discursos enfatizaram a necessidade de "frear a arbitrariedade" atribuída a Moraes, pedindo que o presidente da Câmara, Arthur Lira, coloque a pauta de anistia em discussão.
A fala de Nikolas Ferreira, deputado federal, destacou a importância estratégica da anistia para garantir o apoio da direita na sucessão da presidência da Câmara. Paralelamente, Eduardo Bolsonaro expressou que o uso da lei deve ser um instrumento de justiça, não de perseguição, criticando ações que considera exageradas.
Michael Shellenberger, jornalista estrangeiro que visitou o Brasil para cobrir a manifestação, classificou o atual momento político nacional como de extrema importância global. Segundo ele, a maneira como o Brasil está lidando com questões de liberdade de expressão e direitos civis serve de exemplo e alerta para o mundo.
O evento na Paulista demonstra que, mesmo fora do poder, Bolsonaro ainda mantém uma base de apoiadores fervorosa, enquanto questões sobre direitos civis e judiciais continuam a ser centrais no debate político do país.
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