top of page
Buscar

NÃO SOMOS IMORTAIS

jjuncal10

Caroline Guzzo, natural de Jales, interior de SP. Residente em Uberlândia/MG, desde 2017. Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pelo Centro Universitário de Votuporanga/SP, em 2012. Pós-graduada em Produção e Gestão jornalística, pela Unilago - São José do Rio Preto/SP. Já trabalhou com assessorias de imprensa e foi repórter em emissoras de TV, passou pelo rádio, jornal e revistas. Trabalha atualmente com: Comercial de TV e Redes Sociais, Apresentadora, Atriz, Modelo e Locução. Desde 2019 buscou uma nova área de conhecimento, estudando e lendo livros sobre a inteligência emocional e o autocontrole, hoje também ministra palestras sobre o assunto.

Muitas vezes vivemos como se nunca fôssemos morrer, ou acreditamos que o perigo nunca está perto da gente. Temos uma única vida e parece ser óbvio que precisamos valorizá-la e amá-la. Lição que tirei em uma viagem de cinco dias em Capitólio, interior de Minas Gerais, no ano de 2019, uma cidade turística, com mais de 8.500 habitantes, considerada o mar de Minas. Foi lá que me deparei com diversas histórias e uma cena que está presente até hoje em minha memória.

Minutos depois, a cena que não queríamos nos deparar, o acidente. O motociclista bateu na proteção da rodovia, aquela mureta de metal, pela velocidade que estava ele deveria ter sido arremessado para muito longe, mas ele bateu seu corpo naquele ferro e ainda arrancou uma placa, que indicava uma curva fechada, paramos em seguida, não vimos o acidente, mas tinha acabado de acontecer.

Descemos do carro, ajudamos o pessoal que estava ligando para a ambulância na localização do acidente, em seguida fui vê-lo, o amigo do motociclista tirou o capacete que ele usava, roupas adequadas, não havia sangue, mas de acordo com os caras que ali estavam sua cabeça parecia bem inchada e suas pernas estavam quebradas, ele gemia muito. Por um instante, agachei na beira da rodovia e olhei bem para seus olhos, ele expressava bastante dor e correspondeu ao meu olhar, naquele momento achei que ele sairia dessa bem. Estou aqui relatando e ouvindo os seus gemidos.

Emerson, era seu nome, ele reclamava, queria levantar, mas não deixamos, afinal, não sabíamos o que realmente havia quebrado. Esperamos o resgate chegar e perguntei a um de seus amigos se precisava de mais alguma coisa, ele respondeu que não, só me disse que, em menos de um ano, foi o segundo acidente dele com a mesma moto, e relatou que ele, por algum deslize, acelerou na curva. Seguimos o nosso destino, mas eu fiquei bem chocada com a situação, rezamos.

No fim do dia, meu marido olhando a internet se deparou com a triste notícia “Formiguense morre em acidente na MG-050”. Um jovem de 39 anos, caminhoneiro, pelas fotos das redes sociais, ele parecia ser pai. Lembro-me do adesivo de um extraterrestre estampado no tanque da moto. Fiquei muito triste e abalada. Fiz uma reflexão simples mais bem pertinente, nunca saímos de casa para morrer, mas muitas vezes esquecemos dos perigos que nos rodeia.

Muitos dos acidentes que vemos é por falta de prudência, amor à vida. Naquele ano, rodamos pelas estradas durante 10 dias e nesses mais de 2 mil quilômetros o que via com frequência nas rodovias era a falta de paciência, o querer chegar logo. É melhor você demorar 10 minutos do seu percurso do que sair correndo, assim penso.

Não entendo porque temos que ler placas “respeite a sinalização”, “não corra, não mate, não morra”, isso é óbvio! Se existe o limite de velocidade, as faixas no chão, porque fazer diferente? Tem que escrever para o ser humano lembrar que é preciso respeitar? Sei que todos nós partiremos um dia, mas que seja de maneira natural, por isso, precisamos respeitar e amar o próximo, evitando acidentes.

Outro absurdo foi ter que criar uma lei para ensinar as pessoas que beber e dirigir não combinam. Você não sabia disso? Lembre-se, somos mortais.



100 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page