
RIBAMAR VIEGAS
ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO, TÉCNICO EM PONTES E ESTRADAS, INSTRUTOR DE DIREÇÃO DEFENSIVA E CONDUÇÃO, ESCRITOR.
O Alcoolismo é uma doença, e como tal deve ser tratada. O alcoolismo pode ocorrer de fatores genéticos, fisiológicos, psicológico e social.
Sabe-se que um filho de um alcoólatra tem quatro vezes mais possibilidade de se tornar dependente do álcool.
Pressão social, propagandas deslumbrastes de bebidas alcoólicas, os ambientes propícios (fator psicológico) também desempenham um importante papel no desenvolvimento do hábito de beber.
Outro fator considerável para o alcoolismo é a convivência (fator social). Quem convive “socialmente” com alcoólatras tende a se tornar um deles. Pessoas jovens normalmente começam a consumir álcool (ou outra droga) porque seus amigos bebem ou usam droga.
Contudo, seria hipocrisia afirmar que toda bebida alcoólica é um mal imputável, uma vez que o próprio Cristo (como mostra a Bíblia) abençoou o vinho e serviu aos seus Apóstolos. Como também transformou, milagrosamente, água em vinho para animar uma comemoração. Portanto, uma bebida alcoólica moderada, controlada apenas para despertar um estado de alegria, antes de uma refeição, tende a se tornar num ingrediente saudável para o corpo e para o bom estado psicológico da pessoa.
Mas quando a pessoa passa a sentir ânsia de beber para restaurar o sentimento de prazer ou outros sentimentos, isso é o desenvolvimento do alcoolismo. Já é o princípio de dependência do álcool. Logo surge o sentimento de que beber é um charme, um excitante passar tempo...ou seja, beber passa a ser o máximo.
A partir desse sentimento, o alcoolismo leva a outras eminências, tais como:
a) beber para esquecer os problemas;
b) beber sozinho com freqüência;
c) mentir sobre o hábito de beber (beber e dizer que há dias não bebe);
d) perder o interesse pela comida;
e) sentir-se triste ou irritado quando não está bebendo;
f) perder a memória de certos eventos (ter um branco);
O consumidor de bebidas alcoólicas, cujo estado fisiológico já se encaixa nas eminências acima citadas, deve buscar imediatamente ajuda nos AA (Alcoólicos Anônimos) antes de cometer algum delito mais grave. As estatísticas comprovam que o abuso do consumo de álcool é o grande causador de agressões e de crimes morte. O consumo de álcool pelos condutores de veículos é também o grande causador dos acidentes de trânsitos. Uma pessoa alcoolizada perde os reflexos ao tempo em que se sente encorajada. Não mede conseqüência.
O álcool, após o ingerido, é absorvido pelo intestino delgado, cabendo ao fígado faze-lo chegar a corrente sanguínea, causando sensações diversas. Após um período de 8 a 12 horas, pode ocorrer a “ressaca” – dor de cabeça, náusea, tremores e vômitos. O uso constante de álcool provoca doenças graves como: hepatite alcoólica e cirrose alcoólica. E a depender de grande quantidade ingerida em curto espaço de tempo, ou do uso anterior (concentração de álcool na corrente sanguínea), surge a sensação de calor, podendo chegar ao coma alcoólico e até a morte.
Em suma: o alcoolismo é uma doença difícil de ser entendida. Uns dizem que é falta de vergonha, outros dizem que é falta de força de vontade de parar de beber... Sabe-se que algumas pessoas nascem com o organismo predisposto a reagir de determinada maneira quando ingerem álcool. Ou seja, controlam-se. Após um “porre”, conseguem passar tempo sem beber. Mas somente dez por cento nascem com essa predisposição. Contudo, todos só desenvolvem o alcoolismo se entrarem em contato “participativo” com alcoólatras.
Conclusão: O alcoolismo é uma doença. Pode e deve ser evitada. Mesmo pelos filhos de alcoólatras. Basta não compartilhar.











Comments