top of page
Buscar

O IMPERATIVO DA AÇÃO

ree

Do livro: Jesus no Lar 

Psicografia: Chico Xavier 

Por: Neio Lúcio 

 

Explanavam os aprendizes, acaloradamente, sobre as necessidades de preparação para o Reino Divino. 

  

Filipe, circunspecto, salientava o impositivo da meditação.  

  

Tiago, o mais velho, opinava pelo retiro espiritual; os discípulos do movimento renovador, a seu ver, deviam isolar-se em zona inacessível ao pecado.  

  

João optava pela adoração constante, chegando ao extremo de sugerir o abandono das atividades profissionais, por parte de cada um, a fim de poderem entoar hosanas contínuos ao Pai Amantíssimo.  

  

Bartolomeu destacava a necessidade do jejum incessante, com abstenção de todo contacto com as pessoas impuras.  

  

Chamado à manifestação direta pela palavra indagadora de Simão, Jesus perguntou, nominalmente:  


— Pedro, qual é a água que desprende miasmas pestilenciais? 

  

— Sem dúvida — respondeu o apóstolo, intrigado —, é a água estagnada, sem proveito.   

  

Sorridente, dirigiu-se ao filho de Alfeu, indagando:  


— Tiago, qual é o peixe que flutua inerte na onda?  

  

— É o peixe morto, Senhor — redargüiu o discípulo, desapontado.  

  

— Bartolomeu, qual é a terra que se enche de matagais daninhos à plantação útil?  

  

O interpelado pensou, pensou e esclareceu:  


— Indiscutivelmente, é a terra boa desprezada, porque o solo empedrado e áspero é  

quase sempre estéril.  

  

O Mestre, evidenciando sincera satisfação, concentrou a atenção em Tadeu e inquiriu:  


Tadeu, qual é a túnica que se converte em ninho da traça destruidora?  

  

— É a túnica não usada.  

  

Endereçando expressivo gesto a Judas, interrogou:  


— Que acontece ao talento sepultado?  

  

— Perde-se por inútil, Senhor.  

  

Logo após, assinalou com o olhar um dos filhos de Zebedeu e falou, mais incisivo:  


— Tiago, onde se acoitam as serpentes e os lobos?  

  

— Nos lugares em ruína ou votados ao abandono.  

  

— André — disse o Cristo, fixando o irmão de Pedro —, qual é, em verdade, a função do fermento? 

  

— Mestre, a missão do fermento é dar vida ao pão.  

  

Em seguida, pousando nos companheiros o olhar penetrante e doce, acrescentou, bem humorado:

 

— O tempo está repleto de adoradores e a miséria rodeia Jerusalém. Se a luz não serve para expulsar as trevas, se o pão deve fugir ao faminto e se o remédio precisa distanciar-se do enfermo, onde encontraremos proveito no trabalho a que nos propomos? O Reino Divino guarda o imperativo da ação por ordem fundamental. Sigamos para diante e propaguemos a verdade salvadora, através dos pensamentos, das palavras, das obras e de nossas próprias vidas. O Todo-Sábio criou a semente para produzir com o infinito. Desce do alto a claridade do Sol cada dia para extinguir as sombras da Terra. Não é outro o ministério da Boa Nova. Amar, servindo, é venerar o Pai, acima de todas as coisas; e servir, amando, é amparar o próximo como a nós mesmos. Pautar-se por estas normas, em nosso movimento de redenção, é praticar toda a Lei. 

ree
ree
ree
ree
ree
ree
ree

 
 
 

Comentários


bottom of page