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O NATAL E A DURA REALIDADE SENTIMENTAL IMPOSTA PELO SÉCULO XXI

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BIA MONTES, JORNALISTA, ATUANTE NAS ÁREAS DE ASSESSORIA POLÍTICA E GESTÃO DE CRISE. ATUOU POR 20 ANOS EM ASSESSORIA POLÍTICA E COORDENAÇÃO ESTRATÉGICA DE CAMPANHAS POLÍTICAS. HOJE, PRODUTORA DE REPORTAGEM NA TV BAND, ESCRITORA DE CONTOS E ARTIGOS DE OPINIÃO. 


A época natalina é tradicionalmente associada à alegria, esperança e união familiar. Contudo, no século 21, esses sentimentos muitas vezes coexistem com desafios emocionais como ansiedade, depressão e solidão. Em uma sociedade cada vez mais conectada virtualmente, mas, paradoxalmente, marcada por um senso de desconexão humana, o Natal pode acentuar questões que muitos enfrentam ao longo do ano. 

  

A ansiedade é um dos sentimentos mais prevalentes nesse período. Para alguns, ela vem da pressão para atender às expectativas sociais: escolher o presente ideal, organizar eventos impecáveis ou criar momentos perfeitos para a família. As redes sociais intensificam essa pressão, exibindo vidas aparentemente perfeitas que não refletem a realidade da maioria. O resultado pode ser um sentimento de inadequação e exaustão emocional. 

  

A depressão, por sua vez, é frequentemente exacerbada em Natal. Para muitas pessoas, essa época traz à tona memórias de perdas, relacionamentos românticos ou a ausência de entes queridos. A idealização de um Natal feliz, propagada pela mídia e pela cultura popular, contrasta dolorosamente com a realidade de quem enfrenta dificuldades emocionais ou financeiras, aumentando o sentimento de vazio. 

  

A solidão também se destaca. Apesar de ser uma celebração que enaltece a união, muitas pessoas enfrentam o Natal sozinhas. Idosos distantes das famílias, adultos que vivem longe de seus pais e até aqueles que, cercados por outros, sentem-se emocionalmente isolados. Essa desconexão emocional reforça a sensação de que o Natal, para alguns, é mais um lembrete de isolamento do que de união. 

  

No entanto, é importante lembrar que esses sentimentos não precisam ser enfrentados sozinhos. Iniciativas comunitárias, apoio psicológico e busca por conexões genuínas podem transformar essa época em um momento de cuidado e reflexão. O Natal do século 21, com todos os significados de seus desafios, também oferece a oportunidade de compensar o verdadeiro das celebrações: a empatia, o acolhimento e o amor ao próximo. 










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