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PENITÊNCIA

jjuncal10

CELESTE BASTOS - POETISA


Cortejando muralhas de um adamascado crepúsculo


Gaivotas secas

Árvores sem folhas


Répteis arrastam-se em terra seca

Quero-Quero perdidos


Uma só estrela em um deserto

Cuias na areia não acham nem esperança


O vento já vai longe

A poeira tampa o céu


Já é hora de carregar as pedras em procissões

São José, traga chuva para o meu sertão





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