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POSITIVE DAY, LEITORES E COMPARTILHADORES (CONTINUAÇÃO - 10)


ALESSANDRA CAMARA - Bachelor of Science in Psychology - Graduated: May 2016 Missouri State University – Springfield, MO 

Associates of Arts - Associates of Independent Studies Graduated: May 2014  

Ozark Technical Community College - Springfield, MO 

Professional Coach Certification - Professional Executive Coach Certification - Professional Master Coach Certification 


Vocês estão aqui para a continuação de uma leitura simples, curta e repleta de momentos incríveis. Minha humilde sugestão é que leiam devagar. Assim, seu coração ficará em paz para aprender algo que talvez seja novo e impactante para muitos ou, quem sabe, apenas um complemento do que já o vivem.  


O livro que estou compartilhando com vocês chama-se Um Novo Mundo: O Despertar de uma Nova Consciência, escrito por Eckhart Tolle. Acredito que cada capítulo deste livro tem um propósito único para as vidas aqui presentes, neste momento.  


Sintam-se leves como se estivessem nas nuvens e vamos juntos continuar nos alimentandos com o que entendemos hoje ser o maior poder da nossa existência: a consciência.  

    Livro: Um Novo Mundo de Eckhart Tolle  

Capítulo 2, páginas 45 a 48 

  

QUERER: A NECESSIDADE DE MAIS  

 

O ego se identifica com possuir, mas sua satisfação com isso é de certa forma superficial e passageira. Oculta internamente, ela permanece como um sentimento profundo de insatisfação, de estar incompleto, de "não é o bastante", "não tenho o suficiente", com o que o ego de fato quer dizer: "Não sou o bastante ainda." 


      Como vimos, ter - o conceito de propriedade - é uma ficção criada pelo ego para adquirir solidez e permanência e se destacar, tornando-se especial. Mesmo que não sejamos capazes de nos encontrar por meio disso, existe outro impulso mais forte subjacente a esse que pertence à estrutura do ego; a necessidade de mais, o que podemos também chamar de “desejo”. O ego não dura muito tempo sem isso. Portanto, querer o mantém vivo muito mais do que ter. Para ele, o apelo de querer é mais forte do que o de ter. E, assim, a satisfação superficial de ter é sempre substituída pelo querer mais. Essa é a necessidade psicológica de mais, isto é, de mais coisas com as quais se identificar. É como um vício, não é verdadeira. 


      Em alguns casos essa necessidade psicológica, ou a sensação de que ainda não há o bastante, que é tão característico do ego. é transferida para o nível material e, então converte-se na avidez insaciável. Em geral as pessoas que sofrem de bulimia obrigam-se a vomitar para continuar comendo. É a sua mente que está faminta, e não seu corpo. Os que sofrem desse distúrbio alimentar poderiam se curar se, em vez de se identificar com a mente, conseguissem entrar em contato com o próprio corpo e assim sentissem suas verdadeiras carências físicas em lugar das pseudonecessidades da mente egoica. 


      Alguns egos sabem o que querem e perseguem seu objetivo com uma determinação inflexível e implacável - Gêngis Khan, Stalin, Hitler, para dar apenas alguns exemplos inesquecíveis. A energia por trás da sua vontade, porém, cria uma energia oposta de igual intensidade que, por fim, leva a queda desses indivíduos. Nesse ínterim, eles se tornam infelizes e fazem o mesmo com muitas pessoas ou, como mostram episódios clássicos, criam o inferno sobre a Terra. A maioria dos egos tem vontades conflitantes. Eles querem coisas diferentes em momentos distintos ou talvez nem saibam o que desejam. Só sabem o que não querem: o momento presente. Desconforto, desassossego, tédio, ansiedade e insatisfação. tudo isso é resultado da vontade insatisfeita. Como querer é algo estrutural, nenhum acúmulo de conteúdo consegue oferecer uma satisfação duradoura enquanto essa estrutura mental est á em ação. O desejo intenso que não tem um objeto específico costuma ser encontrado no ego ainda em desenvolvimento dos adolescentes. É por isso que alguns desses jovens vivem num estado permanente de negativismo e insatisfação. 


      Todos os seres humanos do planeta poderiam ser facilmente atendidos em suas carências materiais em relação a alimento, água, abrigo, roupas, e confortos básicos, não fosse pelo desequilíbrio de recursos criado pela necessidade insana e voraz de querer sempre mais, a ganância do ego. Isso encontra expressão coletiva nas estruturas econômicas, como as grandes corporações, que são entidades egóicas que competem entre si por mais. Seu único - e cego - objetivo é o lucro. Elas perseguem essa meta do mundo mais implacável possível. A natureza, os animais, as pessoas, até mesmo os funcionários, não são mais do que algoritmos no seu balanço comercial, objetos inanimados a serem usados e depois descartados. 


      As formas de pensamento ‘mim’, ‘meu’, ‘mais do que’, ‘eu quero’, ‘eu preciso’, ‘eu devo ter’, e ‘não o bastante’ pertencem não ao conteúdo, mas á  estrutura do ego. O conteúdo pode ser trocado. Enquanto não reconhecemos essas formas de pensamento em nós mesmos, isto é, enquanto elas permanecem inconscientes, acreditamos no que elas dizem. Assim, ficamos condenados a agir de acordo com esses pensamentos inconscientes, a buscar e não encontrar, pois, quando eles entram em ação, nenhum bem, nenhum lugar, nenhuma pessoa, nenhuma condição jamais nos satisfazem. Não há conteúdo capaz de atender nossa vontade enquanto a instrutora egoica permanecer atuante. Não importa o que tenhamos nem o que venhamos a conquistar, não seremos felizes. Sempre estaremos procurando alguma coisa além que nos prometa mais plenitude, que nos diga que vai contemplar a percepção do eu insatisfeito e saciar aquele sentimento de carência que trazemos dentro de nós. 









 

 
 
 

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