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RESISTIR É A ARTE MAIS NOBRE DO MEU POVO


Veronica de Oxosse Íyálorixá no Ilê Igba Òmó Aro Omin

Professora e Ativista do Movimento Mulheres Negras e luta contra a Intolerância Religiosa! Componho o Coletivo de Mulheres “Curicas Empoderadas”, atuante na área de palestras sobre autoestima e Empoderamento feminino


Dia 21 de Janeiro dia Nacional da Luta Contra a Intolerância Religiosa 


Num momento em que vivemos tanta intolerância, discriminação, racismo e preconceito, é muito bem-vinda a ajuda das Escolas, para mostrar a beleza e força da fé nos Orixás. Pois, fundamentalmente quando as Escolas trazem os Orixás como enredo, trazem junto, Babalorixás, Yalorixás, Ogans, Ekedis, filhos de santos, e tornam a avenida em um imenso Terreiro a céu aberto. 

  

A ajuda do samba contra o racismo, e a intolerância religiosa 

  

Quando os antigos africanos chegaram aqui, trouxeram seus conhecimentos religiosos e culturais, fortalecidos na sabia essência social, em que o sagrado conduz o dia a dia, pois eles cantam e dançam para tudo, como: o nascimento e a morte. 

  

A batida dos sagrados atabaques africanos e de toda a sua musicalidade, inspiraram milhares de poemas e canções, e deram origem a ritmos que hoje fascinam pessoas no mundo inteiro, como é o caso do samba, que é um toque com autênticos compassos africanos. 

  

A história comprova que é difícil desassociar as religiões de matriz africana do samba, pois foi na Praça Onze no Rio de Janeiro, mais precisamente no quintal do Terreiro de Candomblé de Tia Ciata da Oxum, que o samba ganhou notoriedade e se tornou essa potência nacional. 

  

Vem de muitos carnavais, em que as Escolas de Samba trazem enredos que exaltam o axé dos Orixás. 

  

Ano passado, a Acadêmicos do Grande Rio ganhou o carnaval com o enredo: Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu, onde a Escola mostrou para o mundo, a real importância de Exu, o Orixá dos caminhos e da comunicação que está sempre pronto e atento a tudo. 

  

Nesse ano de 2025 várias Escolas do Rio e de São Paulo estão exaltando Orixás como é O enredo da Estação Primeira de Mangueira para o Carnaval de 2025 é “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões” … uma narrativa que aborda a história da população negra no Rio de Janeiro. 


A Imperatriz Leopoldinense escolheu falar sobre a sabedoria africana em seu enredo para o carnaval de 2025. Com o título "Ómi Tútu ao Olúfon - Água fresca para o senhor de Ifón”, a escola vai contar sobre o desejo de Oxalá em visitar o reino de Xangô, ambos orixás que são reis dentro da cultura de axé. 

  

O enredo da Unidos da Tijuca para o Carnaval de 2025 é "Logun-Edé: Santo Menino Que Velho Respeita". O enredo conta a história de Logun-Edé, o filho de Oxóssi e Oxum, e o respeito que os mais velhos têm por ele. O objetivo é apresentar a cultura e a diáspora africana para o público.  

  

O enredo da Unidos de Padre Miguel para o Carnaval de 2025 foi "Egbé Iyá Nassô". O desfile da escola da Zona Oeste do Rio de Janeiro exaltou a história de Iyá Nassô, fundadora do primeiro terreiro de Candomblé do Brasil.  

   

Em 2023 a Unidos da Ponte veio com as bênçãos de Oxum apresentando o enredo: ‘Liberte nosso sagrado: o legado ancestral de Mãe Meninazinha’, num desfile que mostrou a luta da Yalorixá, pela transferência dos objetos sagrados, que foram confiscados pela polícia em uma época de perseguição religiosa. 

  

Já em São Paulo, a Escola de Samba Gaviões da Fiel, chamou a atenção contra intolerância religiosa através do enredo: ‘Em Nome do Pai, Dos Filhos, Dos Espíritos e Dos Santos… Amém!’, onde a comissão de frente era composta por líderes de diversas religiões. 

  

Num momento em que vivemos de tanta intolerância, discriminação, racismo e preconceito, é muito bem-vinda a ajuda das Escolas, para mostrar a beleza e força da fé nos Orixás. Pois, fundamentalmente quando as Escolas trazem os Orixás como enredo, trazem junto, Babalorixás, Yalorixás, Ogans, Ekedis, filhos de santos, e tornam a avenida em um imenso Terreiro a céu aberto. 

  

Antes desses enredos irem para a passarela, uma série de rituais são feitos no intuito de se pedir licença ao Sagrado. Ou seja, tudo só acontece porque os Orixás permitem. 

  

Lààyè àwọn Òrìṣà tí àwa láyè samba! 

  

(Viva os Orixás que nos permitem sambar!) 

  

Axé! 










 
 
 

1 Comment


Cada dia aprendendo um pouquinho dessa cultura linda! 😻

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