
ALESSANDRA CAMARA - Bachelor of Science in Psychology - Graduated: May 2016 Missouri State University – Springfield, MO
Associates of Arts - Associates of Independent Studies Graduated: May 2014
Ozark Technical Community College - Springfield, MO
Professional Coach Certification - Professional Executive Coach Certification - Professional Master Coach Certification
Saudade é aquela visita inesperada que chega sem pedir permissão. Às vezes, vem suave como uma brisa; outras, como uma onda que nos envolve por inteiro. Quem nunca sentiu a falta de alguém especial? Seja uma amiga que seguiu outro caminho, um familiar que partiu ou um amor que se distanciou, a saudade sempre encontra uma forma de nos lembrar do que foi vivido.
O desafio está em como lidamos com ela. Muitas vezes, recebemos palpites sobre como devemos enfrentar essa emoção. Mas cada um tem seu tempo, seu jeito e seu coração. O importante é entender que sentir saudade é natural, e o mais valioso é respeitar o próprio ritmo.
Recentemente, vivi essa experiência com a partida da minha amada vovó. Aos 103 anos, com a mente ainda cheia de lucidez, ela se despediu tranquilamente. Deixou 50 netos, 13 bisnetos e um legado de união familiar que nos fortalece. Cada um de nós tem lidado com essa saudade de forma diferente. Alguns preferem relembrar em silêncio, outros compartilham lembranças, e há quem tente ensinar como devemos encarar essa nova realidade. Mas, no fim das contas, o que importa é o que faz sentido para cada um de nós.
Minha vovó gostava muito de cantar e sabia todas as canções que ela entoava quando meu avô fazia algo que machucava o coração dela. Como não conseguia conversar diretamente com ele, as canções ajudavam na sua comunicação. O amor que teve por meu avô foi um verdadeiro exemplo de história. Ela cantava "Um Beijinho Doce" da forma mais linda e serena possível, tornando essa lembrança ainda mais especial.
No dia em que ela faleceu, vivi uma experiência marcante. Normalmente, não acordo no meio da noite, mas dessa vez despertei com uma leveza incomum. Pensei que eram 5:00 da manhã, como de costume, levantei, e ao olhar no relógio percebi que eram apenas 2:10. Voltei a dormir sem entender o motivo. Mais tarde, ao acordar, recebi uma ligação da minha irmã com a notícia do falecimento da vovó. Conversando com minha tia, descobri que ela partiu muito próximo ao horário em que eu havia despertado. Isso impactou profundamente meu coração, pois sempre fui muito presente na vida dela, mesmo com a distância que nos separava.
Eu escolho lembrar dos momentos que passamos juntos e guardar essas memórias com carinho. Quando a saudade aperta, lembro dela rezando por todos nós, e isso me conforta de forma consciente e saudável.
E você, como lida com sua saudade? Escreve, lê, analisa? O importante é deixar que ela venha e se vá como as ondas do mar, sem pressa e sem cobrança. No fim do dia, cada lembrança é um abraço na memória.
Que seu dia seja leve. Um beijo no coração e um abraço bem carinhoso de três segundos!







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