
MARCELO BRASILEIRO - CIDADÃO
Militar da reserva das forças armadas - Advogado com especialização em direito Marítimo, Direito Ambiental
Pós graduado pela Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo
Certa vez, disse-nos um grande sábio da Ciência Jurídica (Rudolf von Ihering), que:
“Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o Direito em conflito com a justiça, luta pela justiça."
Devemos lutar pela Justiça, ainda que morto já esteja o Direito!

A verdade é que hoje vivemos em um ambiente da mais completa acefalia jurídico normativa.
As leis - outrora decorrentes do laborioso trabalho do Legislador, foi e vem sendo, todos os dias, substituída pelos indizíveis caprichos do usurpador e nisto, o tal aclamado "Estado de Direito" é de longe uma vaga lembrança.
Uma hodierna utopia.
Os pretórios da Nação inclinam-se à tirania e ao indiscreto abuso constantemente vociferado (injustamente) pelos autos alardeados "Doutores da Lei", mas que em termos de coerência com o discurso, de tíbios e imaturos rábulas a todos se revelam.
Rábulas egocêntricos e mimados serviçais!
O Estado de Direito é algo que não subsiste em nosso meio e a mais grave e nefasta das formas de corrupção - a corrupção dos costumes, rege as mentes, os corações e as mentes dos néscios e o mau proceder brota daqueles que deveriam ser e a todos dar bons exemplos, inclusive.
A Nação pranteia a morte do Direito.
A Pátria lamenta o ocaso do Direito, mas se ampara na luta por um ideal maior.
A Justiça!
O Direito posto (o legislado) e sua presunção (a ideia acerca da escorreita aplicação de todo o legislado) não são suficientes nem mesmo para servirem como serviçais à disposição da Justiça.
A Justiça é dom de Deus!
E Deus é Justiça!
Do Eterno advém toda a essência da verdadeira Justiça e isto é algo soberbo e ininteligível aos corações e mentes humanas e contentamo-nos com uma pálida noção acerca da divina e soberana Justiça.
Ao pretendermos imitar a Justiça do Eterno, haveremos de nos contentar tão somente com um espectro e com o pálido reflexo dessa Justiça.
E assim insistimos em prosseguir na tola pretensão de sermos "justos" e, desse modo, quem sabe nos tornarmos menos indignos da glória e da misericórdia do Altíssimo.
Sob as sombras do perfeito edifício soerguido pelo primoroso Grande Arquiteto do Universo, buscamos fazer nosso humilde e imperfeito trabalho.
Nossa luta é disso em razão.








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