- há 5 dias

RIBAMAR VIEGAS
ESCRITOR LUDOVICENSE
No Povoado de Tapera, na Bahia, uma criatura de nome Remijo não escolhia hora nem local para denegrir a reputação do sanguinário cangaceiro Virgulino Ferreira – o Lampião. Dizia Remijo:
─ Esse tal de Lampião não passa de uma lamparina, de um fifó, de uma cera de vela! Pra mim, esse cangaceiro não é de nada! Não vale o moqueado que come! O chibé que bebe! O gibão que veste!
─ Compadre Remijo, notícia ruim pula cancela! Se o Capitão Virgulino souber dessas coisas que vosmecê anda dizendo, ele vem aqui, tira o coro do seu corpo vivo e põe sal na sua carcaça, de quebra, mata um bocado de nós e ainda bota fogo nas nossas casas! − preocupava-se o roceiro Licurgo Perna Manca.
─ Capitão de merda! – replicava Remijo. E tome insultos: − pra mim esse tal de Virgulino não passa de um covarde! De um canalha! De um cabra safado! Quiçá, de um baitola!
Lampião, ao saber das ofensas de Remijo, arrancou a punhalada um olho do informante e terminou com a vida do infeliz com um tiro de fuzil no buraco do olho arrancado (o bandoleiro considerou traição daquele jagunço não o ter informado antes de tamanho agravamento para com a sua “imaculada” pessoa).
O sol se escondia quando Lampião e seu bando de cangaceiros invadiram Tapera. Nenhuma alma viva nas ruas.
Os homens fugiram para a caatinga e as mulheres, velhos e crianças rezavam trancados dentro das casas e da capela − sem o padre −, que tratou de se esconder no fundo de uma cacimba, respirando através de uma taboca de bambu.
Lampião, no alto do seu cavalo, soltava brasa pelas narinas dando ordem ao seu bando:
─ Sereno, Curió e Bananeira, fechem a outra saída do povoado! Jitirana e Volta Seca vão de casa em casa e matem todos que se negarem a dar informação sobre o paradeiro do homem! Eu, Corisco e o resto do bando aguardamos aqui! ─ tô cuspindo no chão quente e quero o cabra na minha presença antes do cuspe secar!
─ Não precisa nada disso! – a voz veio de uma ruela próxima, para onde foram apontados fuzis, mosquetões, cravinotes, carabinas e pistolas. A figura raquítica de Remijo surgiu em meio à poeira, caminhando tranquilamente na direção do bando.
─ Não atirem!!! Quero o cabra vivo!!! – berrou Lampião.
Remijo aproximou-se e Lampião quis logo saber:
─ É vosmecê o cabra que anda me faltando com respeito por essas bandas?
− Sou eu mesmo! – respondeu Remijo, encarando o irado bandoleiro.
─ Pois repita o que vosmecê anda dizendo ao meu respeito!
─ Pra mim, tu e teu bando de cangaceiros não passam de um magote de covardes, ladrões, assassinos, vagabundos... Uma corja de cabras safados!
Tal qual um gato, Corisco (o diabo louro) saltou do cavalo, encostou a ponta afiada do punhal no pescoço do passivo Remijo e gritou para Lampião:
─ Eu sangro o cabra, Capitão???
Após alguns segundos de reflexão, Lampião deu o veredito:
─ Não, Corisco! Esse sertão tá cheio de cabra frouxo. Deixa este cabra vivo pra ele procriar! Quem sabe ele consiga botar no mundo uns cabras de coragem igual a ele?... Vamos embora preparar a tocaia no Raso da Catarina para descarregar nossa raiva nos macacos da volante que estão a caminho!
Quando o novo dia raiou em Tapera, a multidão chegou à casa de Remijo para saudar o novo herói do sertão. O homem que sozinho botou pra correr Lampião e seu bando de cangaceiros. Para decepção de todos, Remijo estava pendurado numa corda. Enforcado. Morto. Suicidou-se.
Elementar! Só um suicida (um louco) faria o que Remijo fez.








ALESSANDRA CAMARA - Bachelor of Science in Psychology - Graduated: May 2016 Missouri State University – Springfield, MO
Associates of Arts - Associates of Independent Studies Graduated: May 2014
Ozark Technical Community College - Springfield, MO
Professional Coach Certification - Professional Executive Coach Certification - Professional Master Coach Certification
Vocês estão aqui para a continuação de uma leitores simples, curta e repleta de momentos incríveis. Minha humilde sugestão é que leiam devagar. Assim, seu coração ficará em paz para aprender algo que talvez seja novo e impactante para muitos ou, quem sabe, apenas um complemento do que já o vivem.
O livro que estou compartilhando com vocês chama-se Um Novo Mundo: O Despertar de uma Nova Consciência, escrito por Eckhart Tolle. Acredito que cada capítulo deste livro tem um propósito único para as vidas aqui presentes, neste momento.
Sintam-se leves como se estivessem nas nuvens e vamos juntos continuar nos alimentandos com o que entendemos hoje ser o maior poder da nossa existência: a consciência.
Livro: Um Novo Mundo de Eckhart Tolle
Páginas 220 e 221
“PERDER-SE PARA SE ENCONTRAR”
O espaço anterior surge também sempre que deixamos de lado a necessidade de enfrentar nossa identificação com a forma. Isso é algo requerido pelo ego. Não é uma carência genuína. Já abordei brevemente esse ponto. Toda vez que abrimos mão de um padrão de comportamento que leva a isso, criamos o espaço interior. Reforçamos quem nós somos de verdade. Para o ego, é como se estivéssemos nos perdendo de nós mesmos, porém ocorre o oposto. Jesus nos ensinou que precisamos nos perder para nos encontrar. Quando abandonamos um desses padrões, atenuamos o destaque de quem somos no nível da forma. Assim, quem somos além da forma de maneira mais plena. Como nos tornamos menos, podemos ser mais.
Vou mencionar alguns comportamentos que as pessoas adotam inconscientemente para fortalecer sua identidade com a forma. Se você tiver alerta o bastante, será capaz de detectar alguns deles dentro de si mesmo: exigir reconhecimento por alguma coisa que fez e imaginar-se ou aborrece-se quando não o consegue: tentar obter atenção falando sobre problemas pessoais, contando a história da própria doença ou fazendo uma cena: dá uma opinião quando ninguém a pede e ela não faz diferença para a situação: ser mais preocupado com o modo como é visto pelas pessoas do que com elas, isso é, usá-las como reflexo do ego ou como um instrumento para realçar o ego, tentar causar impressão nos outros por meio de bens, conhecimentos, boa aparência, posição social, força física, tec.; inflar temporariamente o ego adotando uma reação irada contra alguma coisa ou alguém; levar tudo para o lado pessoal e sentir-se ofendido; considerar-se certo e os outros errados por meio de queixas fúteis, mentais ou verbais; querer ser visto ou parecer importante. Caso você detecte um desses padrões em si mesmo, sugiro que faça uma experiência. Descubra como se sente e o que ocorre se o abandonar. Simplesmente descarte-o e veja o que acontece. Enfraquecer que você é no nível da forma é uma maneira de gerar a consciência. Encontre o imenso poder que flui de você para o mundo deixando de fortalecer sua identificação com a forma.
O SILÊNCIO
Costuma-se dizer: “O silêncio é a linguagem de Deus, e tudo mais é tradução malfeita.” O silêncio é realmente outra palavra para espaço. Ao tomarmos conscientes dele quando o encontramos a nossa vida, estabelecemos uma ligação com a dimensão sem forma e eterna dentro de nós, aquela que está além do pensamento e do ego. Pode ser o silêncio que envolve o mundo da natureza, a tranquilidade do nosso quarto nas primeiras horas da manhã ou os intervalos entre os “sond”. O silêncio não tem forma - é por isso que, por meio do pensamento, não conseguimos ter consciência dele. O pensamento é forma. Ter consciência do silêncio significa ficar em silêncio. Ficar em silêncio é estar consciente sem pensamento. Nunca somos nós mesmos com tanta intensidade do que quando estamos nesse silêncio. Nessas ocasiões, somos que somos antes de assumir temporariamente essa forma física e mental que chamamos de pessoa. Também somos aquele que seremos depois que a forma se dissolver. Quando estamos em silêncio, somos além da nossa existência temporal: a consciência - incondicional, sem forma, eterna.”








“CONDENADO NÃO POR CORRUPÇÃO, MAS POR VINGANÇA”
O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, criticou nesta terça-feira (26), a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Roma afirmou que o desfecho do julgamento era “um processo de cartas marcadas”, pois, segundo ele, “antes mesmo da sentença, todos já sabiam qual seria o resultado”. Ele se solidarizou com o ex-presidente, a quem chamou de "maior e mais forte liderança política do país".
“É impossível chamar isso de Justiça. O que vimos foi um processo com resultado anunciado, em que a condenação de Bolsonaro já estava escrita antes mesmo dos votos. Não se trata de julgamento, mas de vingança política, algo sem precedentes na história do Brasil. O processo foi apenas para dar um ar de Justiça, mas todo mundo já sabia qual era o resultado que eles queriam: a condenação de Bolsonaro, que vem sendo vítima de uma perseguição que só se vê em países autoritários”, declarou Roma.
A declaração do ex-ministro acontece após o ministro do STF Alexandre de Moraes decidir manter a prisão de Bolsonaro, declarando o trânsito em julgado do processo, oficializando a condenação definitiva e iniciando o cumprimento da pena. O dirigente baiano afirmou que a decisão da Corte reforça o que considera uma perseguição sistemática contra Bolsonaro, que, segundo ele, “vem sofrendo humilhações sucessivas, pressões psicológicas e ações desumanas por parte de setores do Judiciário”.
Roma destacou que Bolsonaro está sendo condenado e mantido preso não por corrupção, mas por motivos políticos, enquanto Lula e antigos aliados do PT, segundo ele, “retornaram ao poder mesmo após escândalos comprovados”.
“Bolsonaro não foi condenado por desviar dinheiro público, por roubo, por corrupção. Nada disso. Ao contrário de Lula e de tantos aliados do PT, que estiveram no centro dos maiores escândalos da história. Bolsonaro é preso e condenado por perseguição política, por um sistema que tenta calar quem representa milhões de brasileiros”, afirmou.
Roma voltou a denunciar que o ex-presidente tem sido submetido, há meses, a uma “verdadeira tortura psicológica”, e classificou como cruel o fato de o STF manter a prisão num momento de fragilidade de saúde. “Estão querendo destruir Bolsonaro física e psicologicamente. Ele enfrenta crises de soluço, vômitos, e complicações sérias da facada que quase o matou. Submeter um homem nessa condição a esse tipo de prisão é crueldade deliberada. Estamos falando de um homem de 70 anos com diversos problemas de saúde. Isso é desumano”, salientou.
O ex-ministro criticou diretamente a atuação do ministro Alexandre de Moraes e da Primeira Turma, acusando a Corte de agir com “passionalismo” e “viés ideológico”. “Estamos vendo decisões que lembram tribunais de regimes autoritários. O Supremo, que deveria pacificar a nação e defender a Constituição, virou palco de posições ideológicas radicais. Isso não fica atrás do tribunal montado por Hugo Chávez na Venezuela”, disparou.
Ao comentar o impacto político da decisão, Roma afirmou que o objetivo final da perseguição é atingir não apenas Bolsonaro, mas o movimento político que ele representa. “Não se prende uma ideia, não se prende um movimento que nasce do povo. O que está acontecendo é uma tentativa explícita de criminalizar um projeto político e silenciar milhões de brasileiros que acreditam em um Brasil livre, soberano e sem corrupção, um Brasil que respeita e valoriza a família, a fé em Deus e os bons valores”, frisou.


























