
ALESSANDRA CAMARA - Bachelor of Science in Psychology - Graduated: May 2016 Missouri State University – Springfield, MO
Associates of Arts - Associates of Independent Studies Graduated: May 2014
Ozark Technical Community College - Springfield, MO
Professional Coach Certification - Professional Executive Coach Certification - Professional Master Coach Certification
Vocês estão aqui para a continuação de uma leitura simples, curta e repleta de momentos incríveis. Minha humilde sugestão é que leiam devagar. Assim, seu coração ficará em paz para aprender algo que talvez seja novo e impactante para muitos ou, quem sabe, apenas um complemento do que já o vivem.
O livro que estou compartilhando com vocês chama-se Um Novo Mundo: O Despertar de uma Nova Consciência, escrito por Eckhart Tolle. Acredito que cada capítulo deste livro tem um propósito único para as vidas aqui presentes, neste momento.
Sintam-se leves como se estivessem nas nuvens e vamos juntos continuar nos alimentandos com o que entendemos hoje ser o maior poder da nossa existência: a consciência.
Livro: Um Novo Mundo de Eckhart Tolle
Páginas 223 a 226
“O DESPERTAR"
O despertar é uma mudança no estado de consciência que ocorre com a separação entre pensamento e consciência. No caso da maioria das pessoas, isso não é um acontecimento, mas um processo pelo qual elas passam. Até mesmo aqueles raros seres que experimentam um súbito, racial e aparentemente irresistível despertar passam por um processo no qual o novo estado de consciência flui de modo gradual, transformando tudo o que elas fazem e, assim vai se integrando á sua vida.
Em vez de ficarmos perdidos em nossos pensamentos, quando estamos despertos reconhecemos a nós mesmos como a consciência por trás deles. O pensamento deixa de ser uma atividade autônoma que se apossa de nós e conduz nossa vida. A consciência assume o controle sobre ele. O pensamento perde o domínio da nossa vida e se torna o servo da consciência, que é a ligação consciente com a inteligência universal. Outra palavra para ela é a presença: consciência sem pensamento.
A iniciação do processo de despertar é um ato de graça. Não podemos fazer com que ele aconteça, nem nos preparar para ela, nem acumular méritos para alcançá-la. Não existe uma sequência precisa de passos lógicos que leve nessa direção, embora a mente fosse adotar isso. Também não precisamos nos tornar dignos primeiro. Ela pode acontecer a um pecador antes de chegar a um santo, mas não necessariamente. É por isso que Jesus se envolveu com todo tipo de pessoas, e não só com as respeitáveis. Não existe nada que possamos fazer quanto ao despertar. Qualquer ação da nossa parte será o ego tentando acrescentar o despertar ou a iluminação a ele mesmo comum seu bem mais preciso e, assim, se mostrando como mais importante e maior. Nesse caso, em vez de despertarmos, acrescentamos o conceito do despertar á nossa mente, ou a imagem mental de como se parece uma pessoa desperta, ou Iluminada, e depois procuramos adotar esse modelo. Assim essa imagem, seja ela criada por nós ou pelos outros, é viver sem autenticidade - outro papel inconsciente que o ego representa.
Portanto, se não existe nada que possamos fazer quanto ao despertar - independentemente de já ter acontecido ou não -, como ele pode ser o propósito primário da nossa vida? Não existe a ideia implícita de que podemos fazer alguma coisa em relação ao propósito?
Apenas o primeiro despertar, o lampejo inicial da consciência sem pensamento, acontece por graça, sem nenhum gesto da nossa parte. Se você considera esse livro incompreensível ou sem significado, é porque isso ainda não lhe aconteceu. No entanto, caso algo em seu interior responda a ele - se você, de alguma forma, reconhece a verdade nele -, isso significa que o processo do despertar já está em andamento. Depois dessa etapa Inicial, não poderá ser revertido, embora possa ser retardado pelo ego. No caso de algumas pessoas, essa leitura desencadeia o processo do despertar. Em relação a outras, a função deste livro é ajudá-las a reconhecer que já começaram a despertar e, assim, identificar e acelerar esse processo. Este livro também auxilia no reconhecimento do ego sempre que ele tenta recuperar o controle e obscurecer a consciência que está surgindo. Alguns indivíduos experimentam o despertar quando, subitamente, se tornam conscientes dos tipos de pensamentos que costumam ter, sobretudo os negativos e persistentes, com os quais podem ter se identificado durante toda a vida. De repente, há uma consciência que está consciente do pensamento, mas não é parte dele.
Qual a relação entre consciência e pensamento? Consciência é o espaço em que os pensamentos existem quando esse espaço já se tornou consciente de si mesmo.
Quando temos um lampejo de consciência ou presença, reconhecemos isso de imediato. Não se trata mais de um simples conceito na nossa mente. Então, somos capazes de fazer a escolha consciente de nos manter presentes em vez de nos entregar ao pensamento inútil. Podemos convidar a presença para nossa vida, isso é, criar espaço. Com a graça de despertar vem a responsabilidade. Temos a opção de continuar em frente como se nada tivesse ocorrido ou ver a importância disso e reconhecer o despertar da consciência como a coisa mais importante e que pode nos acontecer. Estamos abertos á consciência emergente e atrair sua luz para o mundo torna-se então o propósito primário da nossa vida.
“Quero conhecer a mente de Deus. O resto são detalhes” disse Einstein. O que é a mente de Deus? Consciência. O que significa conhecer a mente de Deus? Estarmos conscientes. Quais são os detalhes? Nosso propósito exterior e qualquer coisa que acontece no mundo externo.
Portanto, enquanto talvez ainda estejamos esperando que algo especial surja na nossa vida, podemos não perceber que a coisa mais importante que pode acontecer a um ser humano já ocorreu em nosso interior: o início da separação entre o pensamento e a consciência.
Muitas pessoas que estão passando pelos estágios iniciais do despertar, já não sabem mais com Certeza qual é seu propósito exterior. O que move o mundo não as move mais. Reconhecendo com tanta clareza a loucura da nossa civilização, elas podem se ver de certa forma alienadas da cultura ao seu redor. Algumas sentem que habitam uma terra de ninguém entre dois mundos. Elas não são mais conduzidas pelo ego, mesmo que a consciência emergente ainda não tenha se tornado plenamente integrada a sua vida. Os propósitos interior e exterior não se fundiram.”








Por CARLOS AROUCK
FORMADO EM DIREITO E ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
A entrada de Flávio Bolsonaro na corrida presidencial de 2026 provocou um terremoto imediato. Em apenas 48 horas, o senador acumulou mais de 117 milhões de visualizações orgânicas, mobilizou 1,3 milhão de perfis únicos e dominou os trending topics nacionais. Caravanas surgiram espontaneamente em várias capitais, sem convocação centralizada, exatamente como em 2018. O bolsonarismo provou, mais uma vez, que é o único movimento político vivo no Brasil capaz de gerar mobilização em massa sem depender de estrutura partidária ou verba publicitária.
O timing não foi acaso. A pesquisa do Instituto Veritá colocou Flávio em empate técnico com Lula logo após o anúncio. A combinação de alcance digital avassalador e presença real nas ruas enterrou a narrativa de que a direita estava órfã ou desmobilizada.
Os números são brutais e raros: em dois dias, Flávio superou o engajamento que candidatos tradicionais levam meses para construir e sem gastar um centavo em impulsionamento oficial. O sistema sentiu o impacto. Imprensa, analistas e adversários entraram em modo pânico.
Porque o bolsonarismo nunca morreu. As medidas autoritárias do STF (censura, prisão arbitrária de aliados, inelegibilidade de Bolsonaro) tiveram efeito bumerangue. O brasileiro médio entendeu que o poder legítimo vem da urna, não da toga.
Jair Bolsonaro rejeitou a pressão da direita fisiológica e do mercado financeiro, que insistia no nome de Tarcísio de Freitas. Ele escolheu outro caminho, de guerra total, sem recuo nem acordos de bastidor.
A reação do mercado foi imediata e os analistas de plantão correram para repetir o mantra de que “Flávio não tem chance”. Para os bolsonaristas, isso só confirma que o sistema está com medo.
Pesquisas tradicionais como Datafolha seguem desacreditadas pela direita e com razão. Erraram feio em 1989 (Collor), em 2018 (subestimaram Bolsonaro) e em 2022 (projetaram vitória folgada de Lula no 1º turno). Hoje mostram Flávio 15 pontos atrás. Ninguém na base leva a sério. Depois do que aconteceu com Trump (quanto mais perseguiram, mais cresceu), o padrão já é conhecido.
Perseguição política só reforça a narrativa de vítima e mobiliza o eleitorado conservador.
O cenário global joga a favor. Trump voltou à Casa Branca, Milei rompeu o consenso esquerdista na Argentina, Elon Musk expôs a censura brasileira no mundo todo e Alexandre de Moraes já é alvo de sanções americanas por violação de direitos humanos. O vento mudou de lado.
2026 não será uma eleição normal. Será um referendo: de um lado, o bloco que prendeu, calou e alinhou o Brasil às agendas globalistas; do outro, Flávio Bolsonaro, o único nome capaz de representar a continuidade do projeto que colocou Deus, pátria e família no centro da política brasileira.
Bolsonaro passou o bastão.
Agora é com Flávio.
E, principalmente, com o povo que nunca se rendeu.







- há 3 dias

RIBAMAR VIEGAS
ESCRITOR LUDOVICENSE
Como ocorria todos os anos, naquele 4 de agosto, o bom baiano Generino preparou a sua suruana (caminhão cara-chata), selecionou o pessoal, na maioria mulheres e velhos, e partiu em romaria, do Sul para o Oeste do seu estado, com destino a gruta de Bom Jesus da Lapa. Era promessa, dizia ele.
O plano de viagem de Generino era o mesmo dos anos anteriores. Faria as mesmas paradas para reabastecimento da suruana e “desabastecimento fisiológico” dos romeiros. O pernoite seria num velho depósito à beira da BR-030, próximo ao povoado de Ibitira, o qual ele preocupa-se em reservar de um ano para o outro.
Foi só a suruana de Generino ganhar a estrada para a descontração tomar conta daqueles romeiros. Mulheres tagarelavam, velhos pitavam cigarros de palha, outros só contemplavam as paisagens. Januário Biscateiro, que de romeiro devoto só tinha o chapéu, distraia-se olhando, nos seus monóculos, recortes de filmes pornô, que certamente lhes garantiriam uma boa grana na Lapa. Generino, no volante, guiava com um olho na estrada e o outro no espelho retrovisor, acompanhando os “lances” das romeiras desatentamente sentadas nos bancos da carroceria, enquanto Dona Brasilina, mãe de Generino, na cabina da suruana, enganava a fome “mofando farinha de mandioca” com isca de torresmo. No banco do fundo da carroceria, um litro de cinzano passava de boca em boca. Nas passagens da suruana pelas comunidades do trajeto, Dona Brasilina puxava um canto religioso e todos cantavam com ela, uns com fé e outros no embalo:
― Ave! Ave! Ave! Maria!... Vez por outra, o canto era interrompido, quando algum provocador da comunidade perguntava de sacanagem:
― Maria vai aí?...
― Vai a puta que o pariu!!! ‒ respondiam embravecidos, mas logo adiante voltavam a cantar:
― Ave! Ave! Ave! Maria!...
Nas paradas que faziam pelo caminho, o inevitável corre-corre dos romeiros para o mato sempre dava margens a pilhérias:
― Ô Lalá, cuidado com cobra aí na tua moita!
― Destá que eu mijo in riba dela!
― Seu Amâncio, tome um caco de telha prumóide não mijá na percata !
― Por que tu não me dá tua tarraqueta, seu ximbungo, prá vê se eu não mijo dendela?...
Com a volta da suruana à estrada, cessavam-se as brincadeiras.
Já passava das oito horas da noite, quando Generino estacionou a suruana, ao lado do depósito, próximo a Ibitira, para o pernoite. Todos desceram carregando esteiras, papelões, plásticos, tudo que servisse para não deitar no chão. Estavam exaustos. Dona Brasilina precisou de ajuda para locomover-se. Mas Generino, não, estava inteiro. Para ele, finalmente, chegara o momento mais excitante da viagem. Porque era ali, naquele depósito, que o pilantra costumava tirar grandes proveitos das suas romarias.
Tal qual nos anos anteriores, Generino, impacientemente, deixou que todos dormissem e, na calada da noite, no breu da escuridão do interior do depósito, o safado, de mansinho, deitou-se entre as romeiras. Usou primeiro a mão. Não houve reação contrária, apenas um gemido. Generino, então com muita traquinagem, despiu-se, posicionou-se e foi, foi, foi... conseguiu dar o seu “bote”. Antes de retirar-se sorrateiramente para a cabina da suruana onde dormiria, o tarado deu um nó na barra da saia da sua vítima para poder identificá-la na manhã seguinte. Aliás, a maior curtição do porreta era satisfazer a sua curiosidade em saber quem fora a “peça”. Lembrava-se que, no ano retrasado, a “felizarda” foi a prima Rosinha de Ipiaú, por sinal, grande pedida! Já no ano passado, a “contemplada” foi a quenga Balbina, que nem compensou o risco, já que ela vivia se oferecendo e ele não queria. Mas dessa vez, que ele selecionara só “filé”, quem teria sido a figura?... A galega Chica? A viuvinha Lia?... essa, coitada, tão carente, teria sido até um favor. Ou a pretinha esguia Dadá, nos seus dezoito aninhos?...
Mal o dia clareou, Generino de olho na porta do depósito, buzinou a suruana convocando os romeiros a tomar café e seguir viagem.
Generino era todo expectativa: saiu Zefa, Chica, Lia, Dadá e nada do nó. O coração do boca preta batia descompassado de tanta ansiedade... De repente, olha o nó. Generino levou desesperadamente as mãos à cabeça, clamou:
― Vige Maria, cumi mainha!!!
Dona Brasilina, sempre que lembra daquela romaria, pergunta a Generino, porque ao chegar a Bom Jesus da Lapa, ele desceu da suruana e caminhou de joelhos até a gruta sagrada.


























