- 23 de out.

Quase sempre categorizamos aqueles que nos ferem por inimigos intoleráveis; entretanto, o Divino Mestre, que tomamos por guia, determina venhamos a perdoar-lhes setenta vezes sete.
Por outro lado, as ciências psicológicas da atualidade terrestre nos recomendam que é preciso desinibir o coração, escoimando-o de quaisquer ressentimentos, e estabelecer o
equilíbrio das potencias mentais, a fim de que a paz interior se nos expresse por harmonia e saúde.
Como, porém, executar semelhante feito? Compreendendo-se que o entendimento não é fruto de meras afirmativas labiais, reconhecemos que o perdão verdadeiro exige
operações profundas nas estruturas da consciência.
Se a injúria nos visita o cotidiano, pensemos em nossos opositores na condição de filhos de Deus, tanto quanto nós e, situando-nos no lugar deles, analisemos o que estimaríamos receber de melhor das Leis Divinas se estivéssemos em análogas circunstâncias.
À luz do novo entendimento que nos repontará dos recessos da alma, observaremos que muito dificilmente estaremos sem alguma parcela de culpa nas ocorrências desagradáveis de que nos cremos vítimas.
Recordaremos, em silêncio, os nossos próprios impulsos infelizes, as sugestões delituosas, as pequenas acusações indébitas, e as diminutas desconsiderações que
arremessamos sobre determinados companheiros, até que eles, sem maior resistência, diante de nossas mesmas provocações, caem na posição de adversários perante nós.
Efetuado o autoexame, não mais nos permitiremos qualquer censura e sim proclamaremos no coração a urgente necessidade de amparo da Misericórdia Divina, em
favor deles e a nosso próprio benefício.
Então, à frente de qualquer agressor, não mais diremos no singular: “eu te perdoo”, e sim reconheceremos a profunda significação das palavras de Jesus na oração dominical,
ensinando-nos a pedir a Deus desculpas para as nossas próprias falhas, antes de as rogar para os nossos ofensores, e repetiremos com todas as forças do coração:
“Perdoai senhor, as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores”.
DO LIVRO: RUMO CERTO
CHICO XAVIER / EMMANUEL






- 23 de out.

POR: MARCELO BRASILEIRO - CIDADÃO
Militar da reserva das forças armadas - Advogado com especialização em direito Marítimo, Direito Ambiental
Pós graduado pela Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo
Poucos temas tem merecido tantos debates acalorados procurando, ora se aprofundar sobre o tema, ora promovendo digressões que mais se adequam à indisfarçável (e vã) estratégia que aponta e se esgota no débil intento de se pretender levar o problema para o plano do imaginário ou mesmo, quem sabe, de varrê-lo para debaixo dos empoeirados tapetes dos pretórios, buscando fazer acreditar que tal prática não se faz presente no dia-a-dia das salas de audiência e na retórica das tribunas.
Todavia - particularmente no Brasil, nunca se imaginou que a abjeta utilização do aparato persecutório-policial-acusatório e judiciário fosse transformando em arma tão vil e tão cruenta de viés político para neutralizar e mesmo até, arruinar reputações e alijar adversários e inimigos políticos.
Por vezes e até, de simples desafetos pessoais.

Sempre se soube que os tribunais de mais alta instância - e aqui falamos do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior Eleitoral e do Superior Tribunal Militar, atuam como tribunais políticos.
Sobretudo os dois primeiros.
O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça são, essencialmente, tribunais políticos.
Porém, dentro dos cânones do Estado de Direito e das mais elevadas premissas da vigente ordem instrucional brasileira, seria impossível conceber que as mais altas cortes de justiça em nosso pais seriam transformadas em antros de sub-reptícia politicagem e, nesse sôfrego e macabro espectro, as mais valiosas e civilizatórias conquistas no campo processual penal e do processo constitucional, dentre as quais merecem relevo a garantia do devido processo legal, do efetivo contraditório e da ampla defesa pudessem ser tão assim desconsiderados e paulatinamente desnaturados por aqueles que deveriam ser (justamente) os primeiros a professá-las e os derradeiros em garanti-las.
No caso, os ministros do STF e os eleitos senadores da República, inclusive.
Nessa toada e até que coisa melhor possa ser criada no sentido de substituir o hodierno e incoerente modelo institucional, imprescindível deverá ser a busca pela escorreita compreensão do problema e, disso, como lógico corolário, encontrar melhores soluções à teratológica realidade que assistimos atônitos e que mais cedo ou mais tarde a todos irá afetar.
A abominável prática do Lawfare não poupa ninguém e quem dele hoje faz uso, dele amanhã poderá ser vítima.
Acertadamente, como toda a Sociedade.






- 23 de out.

Mayrion Álvares da Silva
Profissão: Estoquista
Instagram: @folhadebrumado
A dor e a tristeza formam um ciclo
Que perdura como se fosse eterno
A dor e a tristeza tem o poder
De nos apresentar o inferno.
Os meus olhos escondem-se na pupa
Cristalizando a tristeza como guia
Os meus olhos não conhecem mais
O brilho radiante da alegria.
Minha esperança mora em um casulo
Que há tempos não desperta motivação
Minha esperança morreu de esperar
Pela batida feliz do coração.
Meu sorriso vive em uma crisálida
No cárcere da solidão e da dor
Meu sorriso abandonou minha boca
Desde quando o desânimo o abraçou.
Minha mente aguarda uma metamorfose
Que rompa a crisálida do meu sorriso
Minha mente espera que em meus olhos
A esperança aniquile o pessimismo.

























