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CÂNCER DE PELE: PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO

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Dr. ANDRÉ COSTA CRUZ PIANCASTELLI  

Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e MEC 

Especialista em Clínica Médica pelo MEC 

Instagram: @dr.andrepiancastelli 


O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer no Brasil, representando cerca de 33% de todos os diagnósticos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. Embora na maioria das vezes possa ser tratado com sucesso, ele não deve ser subestimado. Em casos avançados, pode causar deformidades e até colocar a vida em risco. A chave para mudar esse cenário está em um ponto simples: a prevenção


Como ele aparece 


A principal causa é a exposição excessiva e repetida à radiação ultravioleta (UV), vinda do sol ou de câmaras de bronzeamento artificial. Pessoas de pele clara, olhos e cabelos claros, além de quem já teve ou tem histórico familiar da doença, fazem parte do grupo mais vulnerável. 

Existem dois grandes grupos: 

  • Câncer de pele não melanoma: mais frequente, costuma crescer devagar e é menos agressivo, mas pode ameaçar a vida se não diagnosticado e tratado – principalmente o carcinoma espinocelular.  

  • Melanoma: menos comum, mas o mais perigoso, pois pode se espalhar rapidamente para outros órgãos e tem tratamento mais limitado. É considerado o câncer mais agressivo que existe. 


O poder da prevenção 


Mais do que tratar, evitar que o câncer de pele apareça é a atitude mais eficaz. Isso inclui cuidados que precisam fazer parte da rotina: 


  • Usar protetor solar FPS 30 diariamente, mesmo em dias nublados. Na praia ou piscina dê preferência dos protetores 50 ou mais. 

  • Reaplicar a cada duas horas, especialmente após nadar ou suar. 

  • Evitar o sol entre 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa. 

  • Usar barreiras físicas: chapéus, óculos escuros, roupas com proteção UV. 

  • Abolir o bronzeamento artificial, que aumenta muito o risco da doença. Essa prática foi proibida no Brasil, mas em muitos lugares pelo país ainda se encontram as câmaras de bronzeamento. 


Essas medidas simples reduzem drasticamente a probabilidade de desenvolver câncer de pele e, quando adotadas desde cedo, fazem toda a diferença para o futuro da saúde da pele. 


Autoexame: aliado do diagnóstico precoce 


Além da prevenção, observar a própria pele regularmente é fundamental, o chamado “autoexame”. Feridas que não cicatrizam, pintas que mudam de cor ou formato, lesões que coçam, descamam ou sangram devem chamar a atenção. Para examinar a pele da parte de trás do corpo use um espelho ou peça a alguém para observar as pintas e outras estruturas. Mas o que se deve procurar? 


A regra ABCDE é uma medida simples para a identificação de lesões com aspecto suspeito que possam indicar câncer de pele. Ela segue os seguintes critérios que podem ser utilizados no autoexame: 

A — Assimetria: Lesões com uma metade diferente da outra pode ser um sinal de alerta. Lesões benignas costumam ter simetria. 


B — Bordas: Bordas irregulares, onduladas ou mal definidas em lesões são mais um sinal de alerta. Lesões benignas que têm bordas regulares. 


C — Cor: Lesões com várias cores são mais um sinal de alerta, podendo indicar a presença de câncer. Lesões benignas costumam ter uma única cor. 


D — Diâmetro: Lesões com mais de 6 mm de diâmetro acendem a luz amarela e devem ser sempre avaliadas. 


E — Evolução: Lesões que mudam de aparência ao longo do tempo (tamanho, forma, cor ou em caso de sintomas como: dor, coceira ou sangramento), também podem indicar a manifestação do câncer de pele. Em caso de lesões benignas, o aspecto da lesão se mantém o mesmo. 

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E lembre-se: ao menor sinal de alteração, a orientação é procurar o dermatologista. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais simples é o tratamento e melhor o prognóstico. 


O prognóstico depende da prevenção 


Na prática, isso significa que a história do câncer de pele pode ser reescrita pela atitude preventiva. Quem se protege do sol, faz o autoexame e mantém acompanhamento médico tem grandes chances de evitar complicações e, se a doença surgir, de tratá-la de forma rápida e eficaz. 


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