FIRMEZA DE EXU NO CARNAVAL
- jjuncal10
- 25 de fev. de 2022
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Por VERÔNICA MOURA DOS SANTOS
Veronica de Oxosse Íyálorixá no Ilê Igba Òmó Aro Omin
Professora e Ativista do Movimento Mulheres Negras e luta contra a Intolerância Religiosa! Componho o Coletivo de Mulheres “Curicas Empoderadas”, atuante na área de palestras sobre autoestima e Empoderamento feminino
Exu (Bara) saiu para fazer o xirê (brincadeira), vestiu-se de colorido, colocou um eketé (gorro) na cabeça, acendeu um charuto (ikòkótabá) e bebeu um gole do seu ogorogò (conhaque).
Exu estava odará (bonito) e foi para rua. Sua missão era fiscalizar aqueles que se esqueceram de lhe ofertar jeun (comida) em troca de proteção.
No caminho, Exu encontrou uma linda mulher e perguntou qual era o nome dela. Ela respondeu que ele poderia chamá-la de Maria. Exu que tudo sabe, retrucou que aquele não era o nome dela. Foi então que ela argumentou que Maria era um nome adequado a mulher pois lembrava mãe, afeto e proteção feminina. Mas se ele não gostasse poderia chamá-la de Pomba-gira, “A mulher dama", e ir tratando-a como tal!

Exu que é esperto foi logo oferecendo o braço, que ela aceitou prontamente. E saíram os dois de braços dados pela rua. Como Exu já lhe falara do seu propósito, passaram então os dois a proteger os que fizeram oferendas e a pregar peças naqueles que se esqueceram de fazê-las.
Como era carnaval muitos foram penalizados.
Moral da história: Não se pode sair às ruas, principalmente no Carnaval, sem pedir proteção a Exu. Neste período, Exu está em total liberdade de suas funções. Portanto se você vai sair para brincar carnaval não se esqueça de Exu. Agrade-o para que você se livre de coisas ruins.






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