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A FILOSOFIA PEDAGÓGICA DE ROUSSEAU

Atualizado: 7 de nov. de 2024


RIBAMAR VIEGAS

ESCRITOR LUDOVICENSE


  Ao observar na Praça de Alimentação do Boulevard Shopping, em Vitória da Conquista - BA,  uma criança de aproximadamente 4 anos, sexo feminino, elegantemente vestida, escapar sutilmente da mesa onde estava com adultos, para distribuir batatinha frita à crianças de outra mesa próxima − ela entregava uma batatinha em seguida dava um abraço – e uma senhora, tipo aristocrática, uma espécie de tutora daquela criança, levantar-se, cheia de simpatia aparente, pedir desculpas aos agraciados e reconduzir a garotinha a mesa e adverti-la veementemente, lembrei-me da filosofia pedagógica de Rousseau. 


     Jean-Jacques Rousseau, suíço, 1717 – 1778, filósofo da liberdade, cujo princípio fundamental, era: o ser humano é bom por natureza (nasce bom), mas está submetido a influência da sociedade maléfica. Exemplo:  mandatários calhordas, políticos corruptos, ladrões assassinos da vida e da natureza... Segundo Rousseau, todos esses nasceram bons e foram contaminados pela conjuntura social, tornando-se maus. Há casos em que um só indivíduo consegue adquirir a prática de todos esses predicados malvados e ainda influenciar outros a fazerem o mesmo (e como há!?). A filosofia pedagógica de Rousseau trata ao pé da letra dessa desumanidade adquirida. 


    Os pressupostos básicos de Rousseau a respeito da educação eram a criança na bondade natural e à civilização torando-a um adulto deletério, malvado. 


    Para ele a educação deveria levar o humano a agir por interesses naturais e não por imposição de regras exteriores artificiais, pois só assim o ser humano poderia ser dono de si próprio e continuar com sua natureza nata. 


     Na conjuntura da sua época, Rousseau formulou princípios educacionais que permanecem até os nossos dias. Principalmente as tendências não-diretivas, como é o atual contexto que tornou o ser humano egocêntrico, individualista... natural no mau sentido. 


      Fundamentado na filosofia de Jean-Jacques Rousseau – que vai muito além do exposto neste sucinto comentário − concluir que aquela garotinha da Praça de Alimentação do Boulevard Shopping em Vitória da Conquista, que distribuía batatinhas fritas para outras crianças e abraçava-as − boa ´por natureza − dentro da atual conjuntura que a sociedade lhe impõe, conforme presenciei, certamente adquirirá predicados maléficos que a tornará uma adulta, no mínimo, preconceituosa e racista. “E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE” 




 
 
 

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