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MOrRO DOS VENTOS UIVANTES


POR JUNCAL


MOrRO alto, quase sem fim, de longe avistávamos o topo. Tinha de tudo, mata alta, mata baixa e até rasteira. Corria muita água e era um consolo para todos, pois era raro ver. Alguns frequentavam o MOrRO, enfrentavam decepções, outros apenas lamentavam, lacravam, colhiam o que plantavam...

No fundo, todos acreditavam na retidão do MOrRO e eram milhões de pessoas que acreditavam e torciam para o MOrRO, pois era verde de esperança e ninguém nunca havia visto MOrRO igual, tão rico e suspeito. Como os antigos diziam “em se plantando tudo dava” e aí vinha a hora da colheita e cada um colhia o que havia plantado!

O MOrRO estava bem posicionado, em local privilegiado, com muitas caminhadas e admiradores, em sua volta. Na verdade, nunca se havia visto MOrRO igual, imponente, sóbrio, cauteloso e postado em seu lugar. Um MOrRO sem igual, botava frente em muitos MOrROs maiores.

O MOrRO queria crescer, subir de qualquer maneira e mudou de um local pacato, para um mais movimentado, onde havia muitos LOBOS e o perigo era maior. Muitos gostaram, pois, viam nessa mudança de localidade que O MOrRO cresceria e que no futuro poderia ser o dono da floresta.

O primeiro passo para o crescimento do MOrRO foi dado e agora era aguardar e colher os frutos. O tempo é o SENHOR da colheita, o MOrRO começou a mostrar que queria ser o dono da floresta. Com tudo que aconteceu o MOrRO começou a demonstrar que não estava muito aí. Não cuidava das folhas velhas e muito menos dos frutos pequenos, pois deixava o VENTO levar e não tomava nenhuma atitude, nesse momento, era um MOrRO que chegava a ser covarde, mas poucos foram os que viram. Outras pegadinhas iam aparecendo e o MOrRO enfraquecendo, todos esperavam mais.

Um certo dia, o MOrRO se rebelou, deu uma de vítima e atirou para todos os lados, para atingir o arredor que ele vivia. Até o assovio ele exigia que repassasse, mas o assobio saiu pela culatra e atingiu o MOrRO em cheio, mostrando quem ele realmente era!

Com isso os MARES DE MORROS, começaram a podar o MOrRO e com ele suas COLINAS também foram atingidas. Tudo que ele havia feito antes de mudar começou a cair por água abaixo. Frutos podres, que ele havia eliminado do nada, começaram a surgir por todas as bandas e começaram a enxergar que esse MOrRO, não era tudo que pensavam dele e assim a fama começa a despencar.

O MOrRO tinha alianças que ninguém sabia e muitos ficaram surpresos. Assim, MOrRO entra em outra empreitada e tenta se lançar para ser o dono da FLORESTA, só que percebe que seus tempos de glória e apreciações partiram e que ele se encontra praticamente só.


O “MOrRO DOS VENTOS UIVANTES”, passou a ser apenas um soprinho. Hoje o MOrRO passou a ser só DECEPÇÃO e vive de LAMENTAÇÕES. A dignidade que achávamos ter, foi apenas um sonho de dias que gostaríamos de vivenciar. Pau que nasce torto é difícil de mudar, ainda mais quando a vaidade toma conta e seus objetivos mudam.


A história é assim mesmo, quem tem muita ambição, inveja e ganância, mais cedo ou mais tarde cai no esquecimento e o MOrRO que um dia foi grandioso, mostra para todos, que não passa de um MONTINHO... e o resto fica por conta de cada um.




 
 
 

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