
JUNCAL
Espeta
Fere
Faz sangrar
E lagrimar
Mas o espinho
Tem seus motivos
Para uns bons
Para outros nem tanto
Como medida de defesa
Fere
Como medida de proteção
Pode aliviar
Mas o espinho
Como todo mortal
Nasce, cresce e morre
Não é tão diferente assim
Houve tempo em que falava
Não há espinho
Que me fere
Nem espinheiro
Que me derrube
Hoje
Sei que o espinho
É perigoso
E sorrateiro
O velho espinho
Pode proteger a flor
Que as vezes sem saber
Fere mortalmente
Quem afaga com afeto
O espinho até que é bonitinho
Tem formato significativo
De unir para proteger
Sem escolher quem ferir
Agora aprendi
Andar no espinheiro
Posso voltar a falar
Não há espinho que me fere
Nem espinheiro que me derrube
O espinho hoje
Serve de escada
Escalo cada um
Para alcançar a flor







Comments