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O PAÍS ENCANTADO


JUNCAL


Um país que outrora foi fértil, produtivo em tudo, com muitas riquezas nossas, que crescia com muito desempenho e cuja Democracia era pertinente ao seu povo e só a ele. 

 

Era a Democracia original, que vinha dos gregos desde o século V a.C., e que reunia o povo em uma praça na antiga Atenas para resolver os problemas pertinentes da cidade. 

  

Mas no País Encantado, acharam por bem usar a Democracia em favor dos Senhores Feudais, e assim deitavam e rolavam, fazendo valer seus intentos, e quem discordasse pagava o pato. 

 

Essa era a mentalidade desses senhores, que eram divididos em escalas de MANDANÇA. E assim era composta a hierarquia, com o suposto Chefe e sua Cúmplice, a Corte que determinava, investigava, julgava e punia, e os outros que eram comprados, ou amigos, comparsas, aloprados e que estavam nas mãos dos dois primeiros. 

  

Assim, a Democracia que eles usufruíam era favorável aos seus encantos e desejos. Funcionava muito bem controlada, e essa turma não cansava de gritar aos quatro cantos que o País Encantado era uma Democracia Vigente. 

  

O povo do País Encantado já não suportava tamanha desfaçatez e escândalos que a tal Democracia aplicava e que espalhava para o resto de seu planeta, apresentando-se como pessoas idôneas e de caráter ilibado, mas a maioria do planeta sabia o que realmente acontecia no País Encantado. 

  

Esses cidadãos, que não tinham nada a ver, usavam e abusavam de suas prerrogativas e, com isso, o povo que se lascasse. Pois ficar calado não era uma opção e sim uma forma de se manter em ordem; livre expressão, nem pensar; reclamar seria apenas uma forma de exposição contrária aos seus mandamentos, e isso era sério. 

  

O melhor de tudo era ficar quietinho e de cabeça baixa, pois era isso que esperavam de um povo submisso, mas só que não! O povo estava revoltado com o andamento da carruagem e queria pôr fim a tamanha tirania. Cabeças pensantes e livres articulavam para uma nova etapa e agilizavam conteúdos e pessoas para representar o País Encantado em eleições que se aproximavam e que teriam que ser limpas, pois estariam sob os holofotes do resto do planeta. 

  

O País Encantado, com sua maioria otimista, aguardava pacientemente, pois sabia que sua hora iria voltar e, com o despertar e novas eleições, o crescimento voltaria e cada poder ficaria em seu devido lugar, pois as peças desse tabuleiro, de forma realmente legal e democrática, colocariam cada peça em seu devido lugar. 

  

O momento se aproxima no País Encantado e nada melhor que um dia após o outro para ver quem é quem, pois, assim, no devido momento, um novo jogo vai começar e firmando que peças daninhas ficarão em lugares isolados, sem funções, regalias e prestígios, e serão marcadas na história como seres usurpadores dos bons costumes, da decência e do autoritarismo desproporcional. 

  

A história vai ser narrada, expondo nomes, funções e as calhordices de cada um que usurpou suas posições momentâneas e até mesmo as vitalícias, ignorando a vontade e a liberdade do povo do País Encantado. Nos momentos em que dominavam, transformaram o Encanto em Desencanto, em um ato próprio de ficção, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo. 


MAS TUDO COM MUITO AMOR. 









 

 

 
 
 

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