
CELESTE BASTOS - POETISA
Como foi difícil eu nascer,
Através de sentimentos indesejáveis,
Que deles me restou o abandono
Em meio a tantos homens
Que não sabem crescer,
Para aliviar meus passos
Não me deram a sola dos pés,
Não me deram as vestes que me aquece a pele,
Nem o teto do meu abrigo
Cortaram a minha decência
Apenas pela aparência,
Marginalizando-me pela migalha que pedia
Nunca me deram um sorriso
Ou enxugaram o fardo de minhas lágrimas
Sou o fruto do abandono
Que não rejetei a crescer.
Pois me saciei de meus sonhos
E, hoje, sou um homem







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