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QUARENTENA X ENSINO

jjuncal10




RENATO SARDENBERG

PEDAGOGO, ESPECIALISTA EM PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA




Durante todo o período da quarentena pudemos observar o quanto é necessário estar na escola, não somente para qualidade dos conteúdos como também para o processo de desenvolvimento pessoal dos alunos, que acabou ficando amplamente prejudicado em todo esse período.

O processo de ensino-aprendizagem não se resume em explicação de conteúdos em salas de aula, a interação aluno-aluno – professor­-aluno – aluno-profissionais diversos promove complementação neste processo, bem como complementa o desenvolvimento pessoal, psicológico, social e psicossocial, assim respeitando a Constituição Federal de 1988 (CF88) e a Lei de Diretrizes e Bases 9.394 de 1996 da educação (LDB 9.394/96), que define como uma das funções da educação nacional formar cidadãos críticos, ativos e que estejam prontos a servir a nação, o que não é aprendido em disciplinas como Língua Portuguesa, Matemática, História e afins, ou seja, não são as disciplinas da grade curricular que farão com que os alunos sejam completos.

A interação do meio com o ser e o ser com o meio é estudada amplamente durante a formação de profissionais em Pedagogia e Psicologia por meio dos estudos e artigos elaborados por pensadores como Lev Vygotsky (1896 – 1980) que atribuía um papel preponderante às relações sociais no processo de aprendizagem e tamanha era sua importância que acabou por originar a corrente pedagógica chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo, ou seja, nas palavras de Vygotsky “ na ausência do outro, o homem não se constrói homem.” Traduzindo, o ambiente é modificado pelo sujeito, bem como o sujeito é modificado pelo ambiente.

Considerando todos os estudos feitos por Vygotsky e compreendendo que os humanos não são seres solitários, percebemos a importância das relações citadas no segundo parágrafo deste texto e graduo que o retorno às aulas presenciais, assim que liberadas, deve ocorrer com naturalidade e respeito às normas de distanciamento, pois, ainda que necessária seja a interação, conseguimos fazê-la sem nos expor a riscos e sem expor o outro ao mesmo risco.






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