
Rafael Pozebon
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Nos últimos anos vimos uma dinâmica intensa na nossa taxa de juros! Chegamos a ver a nossa Selic (Taxa Básica de Juros da nossa economia) a 14,25% ao ano em 2015 e ao longo dos anos seguintes com mudanças em nossa estrutura econômica deu decréscimo a níveis nunca vistos em nossas terras, 2% ao ano.
Porém, com a retomada da nossa tradicional inflação e do nosso risco político, além claro de todo o cenário doméstico e global impactos pela Covid-19 nosso espaço para manter a Selic a níveis superbaixos cedeu e novamente vemos ela a níveis elevados.
Na última reunião do comitê de Política monetária do Banco Central a taxa Selic foi divulgada a 9,25% ao ano e a projeção estipulada para o fim de 2022 é de 11,50% ao ano. Que salto hein?
Se o Banco Central deveria ou não ter chegado a uma Selic de 2% ao ano ou não, será tema para um próximo artigo, mas o fato é que com a taxa de juros baixa os produtos de renda fixa não estavam tão atraentes para os investidores, o que tornou o mercado de renda variável, ou seja, nossa bolsa de valores e fundos multimercados mais atrativos.
Mas e agora com o aumento da Taxa de Juros?
Bem, não é segredo para ninguém que o brasileiro é super arrojado quando o tema é empreender ou buscar mais fontes de ganhos, não é à toa que apesar de toda a burocracia e carga tributária insana de nosso país vemos diversos empreendedores nascendo todos os dias, se isso é por necessidade ou oportunidade não iremos discutir nesse momento, mas o nosso povo por concepção busca crescer contra tudo e todos.
Porém, quando o tema são investimentos, infelizmente o perfil é muito conservador, onde as pessoas preferem alocar seus recursos em investimentos que não ganham nem da inflação apenas para não correrem o risco de terem uma forte oscilação em suas carteiras.
Isso ocorre principalmente pelo nosso histórico, por uma má educação financeira e principalmente por canais de mídias muito confusos que acabam por prejudicar mais a mentalidade de nossa população.
Mas não vale a pena investir na renda fixa?
Claro que sim e muito!
O problema é que para grande parte da população a renda fixa se concentra na caderneta de poupança, fundos de investimentos DI e previdência comercializados por grandes bancos e CDBs vendidos por essas mesmas instituições.
E quando analisa o retorno de tais produtos, pasmem, não conseguem nem te proteger do efeito da inflação, ou seja, ao longo dos anos seu dinheiro está valendo cada vez menos se alocados nesses investimentos.
Por isso a melhor forma de se defender disso é estudando e se preparando para cuidar do seu próprio dinheiro. E hoje, o que não faltam são boas informações.
Mas em suma, se você buscar boas fontes de informação, se preparar, ter ao seu lado bons profissionais e não investir seu capital em seu banco, provavelmente terá mais resultados do que grande parte da população.
Mas e a renda variável? Com a taxa de juros alta, vale a pena?
Sempre! Mesmo com a taxa de juros alta.
O ponto é que ao investir em boas empresas você se conecta aos resultados e perspectivas dessas empresas, sendo que muitas delas conseguiram excelentes lucros durante períodos em que a economia esteve bem e não tão bem assim.
As pessoas que tratam a renda variável como um jogo, perdem dinheiro, mas aquelas que compreendem que ao comprar uma ação você adquire uma fatia de uma empresa e se tal empresa for sólida naturalmente ao longo do tempo (longo prazo) ela tende a refletir essa competência no preço de suas ações e dividendos.
Sendo assim, pensando como estratégia de liberdade financeira, crescimento de patrimônio por mais que a renda fixa está mais atrativa, nunca podemos deixar nossos ovos fora da renda variável, nem que seja uma pequena parte, pois em termos de potencial de crescimento, boas empresas precisam crescer mais que a renda fixa.
Como último ponto, sempre avalie seu perfil e apetite a risco, se ele for mais conservador aloque uma parte menor, mas não fique de fora.
Por Victor Basile no blog Economia Sem Mito.
Até a próxima!







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