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A MAIS VERGONHOSA FORMA DE CONDENAÇÃO

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POR: MARCELO BRASILEIRO - CIDADÃO

Militar da reserva das forças armadas - Advogado com especialização em direito Marítimo, Direito Ambiental

Pós graduado pela Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo


As faculdades mentais dos brasileiros estão anestesiadas e o senso de dignidade embotado pelo recebimento de esmolas, chamadas de "benefícios sociais" como o Bolsa-família, Vale-gás e pela doce ilusão do sistema de quotas.  

  

Tudo foi transformado numa espécie de "festa do oba-oba", e se não tem picanha, não tem "pobrema"; a gente vai comendo calango frito com guisado de gerimum e tá tudo bem. 

  

Segue a festa. Segue o bonde! 

  

Festa estranha com gente esquisita e bonde sem trilhos que o levem a um bom lugar. 

  

Esse é bem mais que o retrato do Brasil. É a cara do próprio retratista; de quem faz a fotografia! 

  

O país vive uma crise de lideranças sem precedentes e atravessa uma fase institucional na qual a corrupção se tornou o mote do fisiologismo barato e que dirige a quase totalidade dos atores no cenário legislativo.  

  

O toma lá, dá cá é o padrão monetário vigente no Bostil. 

  

Um Senado desmoralizado pela ausência de pulso firme dos seus sucessivos presidentes e na Câmara dos Deputados, as coisas não são diferentes.  

  

Vão de mal a pior.  

  

Partidos políticos, os quais e ao invés de serviram como vetores de ideais, cabem como feudos e nisso, a essência da Política - destinada a ser o centro convergente de ideias e o ponto de partida das práticas ações da situação e do contrabalanço feito pela oposição, são deslegitimados pela inescusável condição de balcões de negócios nos quais foram sendo pouco a pouco transformados. 

  

Um país no qual o Povo, ao invés de se apoiar sobre sólidas e inegociáveis bases morais alicerçadas nos imutáveis valores e princípios que deveriam manter unida e coesa a nação, perde-se no embalo de duvidosos afagos feitos por gente que escancara seu único propósito de vida e justificativa de existência: tirar vantagem de tudo e de todos, não importando as consequências.  

  

Afinal de contas, pouco importa se o bandido vira herói e se o verdadeiro mocinho - carregado e à mercê das narrativas e das concatenadas ações perpetradas nos meandros de tribunais nos quais, muitos dos seus juízes bem mereceriam receber a pena capital pelos crimes praticados "em nome da Justiça", todo esse caldo pútrido e fétido apenas vai ficando mais denso, mais pegajoso e nojento à medida que a imprensa - a qual deveria ser livre, faz na venalidade e mediocridade da maioria dos atuais jornalistas, suas amarras e inquebrantáveis  grades de encarceramento.  

  

Perdeu-se a honradez de propósitos. 

  

Perdeu-se a altivez nas ações.  

  

Perdeu-se a vergonha na cara. 

  

Perdeu-se o rumo! 

  

Assim, temos que se as pessoas que ainda são capazes de fazer desse pais um receptáculo de esperança e um assento às justas expectativas que tocam ao âmago da República não se levantarem, tomarem as ruas, praças e palácios para arrancar das mãos dos néscios tudo aquilo que lhes fora pelo povo confiado - é que todo pode emana do povo!, a crise, sobretudo moral, que o Brasil dos nossos tempos vem enfrentando, não terá solução e nosso país irá continuar na pior forma de fracasso que se possa conceber. 

  

O fracasso da omissão e essa, a pior forma de condenação.  

  

Eis o imperdoável fracasso do qual a História não irá nos absolver. 


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