
ERIC PIRES
ADVOGADO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO, PROCURADOR DO MUNICÍPIO DE BRUMADO
“É preciso o infortúnio para escavar certas jazidas misteriosas escondidas na inteligência humana; é preciso pressão para fazer a pólvora explodir. ”
De fato, pode ser um alento revelar nossas dores àqueles que nos ouvem condoídos, e nos comovem com suas lágrimas.
No entanto, os conselhos precisam ser cuidadosos, pois, é fácil para quem está no porto, excitar e aconselhar a quem se acha em plena tormenta. Quando não em terra firme, promovem “a disputa dos sofrimentos” revelando situações próprias e exaltam a própria miserabilidade existencial com afirmações do tipo: “isso é besteira, veja meu caso”.
Contudo, é preciso observar que os infortúnios se manifestam em seus próprios tons e deslizam dentro da escala de circunstâncias que compõem cada pessoa.
Talvez, o melhor conselho seja aquele que nos ensina Dumas. Dizer que os infortúnios são importantes para o processo de amadurecimento.
Ademais, Dumas nos ensina ainda que: “Para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio. ”
Caminhar é preciso.






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