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BRUMADO PEDE SOCORRO!





JOSÉ WALTER PIRES

SOCIÓLOGO, ADVOGADO,

POETA, CORDELISTA E ESCRITOR






BRUMADO PEDE SOCORRO!


Com seus gritos alarmantes

Desce veloz a ambulância

Pelas ruas da cidade

Em assombrosa constância

À buscas dos pacientes

Em momentos deprimentes

Da maligna circunstância.


Alastrou-se, de repente

O Vírus por todo canto

Num estranho ritual

Que nos causa muito espanto

Com a contaminação

Que afeta a populacão

Já sem limites do quanto.


As noticias se repetem

Com os óbitos ocorridos

Sem escolher a idade

Para serem atingidos

Entristecendo as famílias

Que apesar das vigílias

Perdem os entes queridos.


Todos os procedimentos

Que têm sido observados

Nas constantes diligências

Em que são utilizados

Pois o vírus não respeita

Permanecendo na espreita

Com seus dentes afiados.


As máscaras e mãos lavadas

Também distanciamento

Não podem ser desprezados

Pois um arrependimento

Tardiamente chegado

Resume-se no " coitado!"

Depois do acontecimento.


Ademais, só a vacina

Será a nossa esperança

Como redução do risco

Que cada vez mais avança

Com plena imunização

De toda a população

Sem perder a confiança.

Nada de esperar a sorte

Ou lamentar do azar

Para combater o vírus

Temos de nos vacinar

A origem não importa

Pois falar mal não conforta

É melhor acreditar.


Neste singelo cordel

Estou dizendo o que sinto

Ando morrendo de medo

Falo a verdade e não minto

Tudo pra mim é sintoma

Desse vírus quando assoma

Com os sinais que pressinto.


Ter medo não é vergonha

Pois coragem é diferente

Prefiro ser um medroso

Do que metido a valente

Que apesar do seu alarde

Mostra a face do covarde

E se borra de repente.


Mas se depender de mim

Do bicho vou me livrar

Se bater a minha porta

Não vou deixar ele entrar

Com a cruz em minha mão

Vou escorraçar o cão

Pois o inferno é seu lugar.


Não vejo chegar a hora

Da minha segunda dose

Para meu medo espantar

Que seja até overdose

Pra dar fim nessa agonia

Da ambulância noite e dia

Que está causando neurose.


O problema é coletivo

Ninguém pode duvidar

Não é cada qual por si

Todos têm de cooperar

Em urgente mutirão

Sem nenhuma exceção

Para esse vírus matar.


Implorando ao Bom Jesus

Também São Sebastião

Protetores de Brumado

Que nos deem a salvação

Com muita paz e saúde

Na distância do ataúde

Neste querido sertão!












 
 
 

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