O ZELO DO SONETISTA

JOSÉ WALTER PIRES

SOCIÓLOGO, ADVOGADO, POETA, CORDELISTA E ESCRITOR

MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL

Sílabas e mais sílabas, contadas

Com dedos em sutil tamborilar,

Em busca das palavras adequadas

Aos versos que o poeta quer criar.

Sob o enlevo das normas adotadas

Que não pode jamais se relegar

Pois pelo tempo foram cultivadas

Pelo amor ao soneto – arte sem par.

Enfrentou muita afronta pela vida,

Mas sem tombar vencido nessa luta

E a sua tradição restou mantida.

Eis o soneto, sempre virtuoso

Em sua forma eterna, resoluta:

— Um nauta destemido, venturoso!