PELE E MENOPAUSA: ENTENDENDO AS MUDANÇAS E COMO CUIDAR DA SUA PELE NESTA FASE
- jjuncal10
- há 30 minutos
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Dr. ANDRÉ COSTA CRUZ PIANCASTELLI
Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e MEC
Especialista em Clínica Médica pelo MEC
Instagram: @dr.andrepiancastelli
A menopausa é uma etapa natural na vida da mulher, geralmente iniciada por volta dos 45 anos, e marcada por uma queda progressiva dos hormônios femininos — especialmente estrogênio e progesterona. Essas alterações internas repercutem diretamente na saúde da pele, dos cabelos e das unhas, podendo influenciar também o bem-estar emocional e a autoestima. Por isso, compreender o que acontece no organismo e saber como agir é essencial para atravessar essa fase com mais equilíbrio, segurança e confiança.
Do ponto de vista dermatológico, a pele é profundamente impactada pela diminuição hormonal. Nos cinco primeiros anos após o início da menopausa, a mulher perde cerca de 30% de todo o colágeno da pele. Esse processo, naturalmente acelerado nesse período inicial, explica por que muitas pacientes relatam a sensação de que “a pele do rosto está derretendo” ou perdendo estrutura rapidamente. Após essa fase, a perda continua em ritmo mais lento, mas constante, com uma média de 2% ao ano. Como o colágeno é fundamental para firmeza, elasticidade e sustentação, sua redução acentuada se traduz em flacidez, rugas e um contorno facial menos definido.
Além disso, há uma queda na produção de sebo e hidratação natural, tornando a pele mais seca, sensível e propensa a irritações. A perda de elastina e o afinamento cutâneo também contribuem para uma aparência mais cansada e para alterações na textura.
Os cabelos, por sua vez, podem se tornar mais finos, frágeis e sujeitos à queda, especialmente na região frontal e no topo da cabeça. As unhas tendem a crescer mais lentamente e a se tornarem quebradiças, exigindo cuidados específicos.
O impacto emocional também não deve ser subestimado. Oscilações de humor, alterações no sono, irritabilidade e mudanças na disposição são sintomas comuns, e a percepção das transformações corporais pode influenciar diretamente a autoestima. Nesse cenário, cuidar da pele é mais do que uma questão estética: é uma forma de autocuidado integral.
Felizmente, há estratégias eficazes para amenizar e até reverter parte dessas mudanças. A adoção de hábitos saudáveis — como alimentação rica em antioxidantes, prática regular de atividade física, boa hidratação, sono de qualidade e controle do estresse — contribui significativamente para o equilíbrio geral da pele. A proteção solar diária continua sendo indispensável para preservar o colágeno e evitar danos adicionais.
No campo dos tratamentos, a reposição de colágeno é possível e hoje desempenha um papel central nos cuidados dermatológicos da menopausa. Bioestimuladores de colágeno, como ácido polilático, hidroxiapatita de cálcio e policaprolactona, são altamente eficazes para melhorar a firmeza, redefinir contornos, aumentar a densidade da pele e devolver sustentação de maneira natural e progressiva. Procedimentos com tecnologias de energia, protocolos combinados e um skincare bem estruturado também potencializam os resultados.
A menopausa não precisa ser vista como um período de perda, mas como uma nova fase de cuidado e ressignificação. Com informação, orientação especializada e tratamentos adequados, é perfeitamente possível manter a pele saudável, firme, luminosa e cheia de vitalidade — respeitando sempre a essência e a beleza individual de cada mulher.











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